Luíza - O erro

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Tem um ano que nos tornamos amigos, conversamos de tudo, passeamos em vários lugares, inclusive em uma chácara muito legal com a galera, no início de dezembro, mas nada mudou entre a gente. William, logo fará 18 anos e começou em um trabalho no centro, por isso quase não nos vemos, mas hoje ele está de folga e marcamos de ir andar de skate na praça.

Só que para minha surpresa, Fernando o filho de um amigo de meu pai, veio me buscar na aula de dança. Ele tem 22 anos, é alto, bonito e muito educado, além de estar se formando em advocacia para trabalhar como o pai. Gosto dele, e temos nos visto com frequência em casa, já que eu achava que estava interessado em Suzanna, porém, ele acaba de me surpreender, pedindo-me em namoro.

Até agora, é o quarto que me pede em namoro e todos rejeito, esperando que William faça o pedido, e antes de responder a Fernando, resolvo dar mais uma chance ao William

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Até agora, é o quarto que me pede em namoro e todos rejeito, esperando que William faça o pedido, e antes de responder a Fernando, resolvo dar mais uma chance ao William. Às vezes me arrependo de ser uma filha tão obediente e de respeitar tantas regras. Por mim já tinha dito ao William que gosto dele, mas fui educada para nunca tomar esse tipo de atitude.

São 16h10 e estou na rampa de skate esperando Will para começar a nossa partida semanal de treino, e como eu disse, será a última vez que vou tentar me aproximar dele assim, meu plano é: perguntar o que ele acha de eu namorar Fernando, e dependendo da resposta, saberei se ele gosta pelo menos um pouco de mim ou não.

— E aí, Borboleta?! — Ele chega como sempre, me dando um beijo na bochecha. — Pronta para perder?

— De modo algum, Coração. — Aponto o dedo no peito dele. — Sabe que dificilmente perco para você.

— Eu facilito, porque é menina — repete o mesmo de sempre e ri me abraçando de lado. — Como foi sua aula hoje? Nem deu para ir te encontrar, desculpe.

Começamos a conversar já treinando as manobras e depois de uma hora de treino sentamos no banco da praça para tomar um picolé. Hora de falar sobre Fernando.

— O Nando me encontrou na saída da aula de dança — falo sem olhar para ele. — E foi comigo até em casa. — O encaro e ele parece nem ter escutado.

— O que ele estava fazendo lá? Não tinha que estar trabalhando? — Ele ouviu pelo menos.

— Disse que foi fazer um trabalho para a faculdade e resolveu me ver. — Estou torcendo para Will ficar com ciúmes, mas ele nem se move. — Ele me pediu em namoro, o que acha disso? — Jogo a pergunta de vez para ver se causa reação.

— Ele não foi o primeiro, não é? — fala meio distante.

— Não. — Dou uma risada sem graça — Acho que foi o quarto este ano.

Eu quero gritar com ele... Ele é o único que eu quero e não se move.

— E respondeu o quê? — Me encara, sem alterar nem a voz nem a expressão.

— Nada. — Encolho os ombros e faço a última tentativa. — O que acha que devo dizer? — brinco.

— Sempre decidiu sozinha, só me dizia depois de já ter respondido. — Agora ele parece mais tenso. — Está pensando em dizer SIM?

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