capítulo quatro: você terá que confiar em mim

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Depois de passar uma manhã estressante ao lado de quatro assassinos em potencial, Madison decidiu presentear a si mesma um descanso merecido

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Depois de passar uma manhã estressante ao lado de quatro assassinos em potencial, Madison decidiu presentear a si mesma um descanso merecido. Ela precisava relaxar e faria da única maneira que conhecia: bêbada de champagne, mergulhada até o queixo em uma banheira cheia de espuma. Foi por isso que, assim que chegou em casa, ligou a hidromassagem e colocou sua playlist favorita para tocar.

Vapor se espalhava pelo ar e cobria a superfície de mármore escuro, enquanto um turbilhão de água quente ameaçava transbordar pelas bordas da banheira. Por um momento, ela se perguntou se deveria usar os sais de banho importados da mãe ou não. Estava desfazendo o nó do robe quando a campainha da casa tocou.

Só podia ser brincadeira. A campainha tinha que tocar justamente no momento em que Madison estava preparada para ficar embaixo d'água até seus dedos enrugarem! Ela refez o nó do robe com determinação e calçou seus sapatos, marchando para fora do cômodo.

Não havia mais ninguém na casa, Madison se certificou disso antes de ligar a música. Seus pais prezavam por privacidade e ela também. Havia uma investigação de homicídio em andamento na cidade e todo cuidado era pouco. Madison mandou todos os funcionários para casa mais cedo naquele dia sem dar explicações. Além dos empregados, sua família também estava fora, o que significava que somente ela poderia atender a porta.

Seja lá quem fosse, era alguém insistente. A campainha tocou mais duas vezes, só naquele minuto. Ela passou direto pelo espelho da frente com a certeza de que havia uma careta bem feia se formando em seu rosto.

Madison Moore estava irritada, muito irritada. Abriu a porta em um movimento brusco, tão rápido que agitou seus cabelos loiros. Sua irritação apenas se agravou assim que viu quem a aguardava do lado de fora.

— Peter O'Connell — ela anunciou com ceticismo — Você está longe de casa.

Peter levantou os olhos do nó frouxo do robe. Ele vestia a jaqueta de couro sobre os ombros largos e repousava uma mão sobre o batente da porta, bem ao lado da campainha.

— Veio entregar uma pizza ou algo assim? — Madison insistiu quando ele não respondeu.

— Entregar pizza? — Peter ergueu uma sobrancelha, arrumando a postura. Ele era alto e aquilo perturbava Madison — Em uma Harley?

Ela olhou sobre o ombro de Peter. A moto estava estacionada alguns metros atrás dele, bem na frente da mansão Moore. Era uma máquina impressionante, sem dúvida muito cara para entrar no bolso de um entregador de pizza.

— Todo mundo tem seus brinquedos — ela deu de ombros pouco impressionada, ainda segurando a porta com uma das mãos. Estava pronta para fechá-la na cara dele ao menor sinal de inconveniência.

Madison só se deu conta de que a resposta saíra errado quando um sorriso malicioso se espalhou pelos lábios de Peter. Seus olhos eram de um azul impressionante, ela precisava admitir.

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