Capítulo 4

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O cheiro de bebida inunda o ar. Um cheiro forte. completamente desagradável na minha opinião.

O que pode levar os adolescentes a frequentar esse lugar? Eu nao viria aqui por conta própria. Isso pode ter certeza.

Nesse exato momento estou de vela para as duas pessoas que estão a minha frente. Louis e Júlia estão entretidos em uma conversa totalmente aleatória mas que, para eles, é super interessante. Resolvi dar uma ajudinha para os dois.

—Gente. Vou ao banheiro.—falei e eles acentiram sem olhar para mim.

Me espremi ao extremo para passar por todas aquelas pessoas. Todos suados por conta da dança.

Com muito esforço consegui chegar ao banheiro. Entrei e não tinha ninguém lá.

Me encarei no grande espelho que tinha na minha frente. Tudo estava no lugar. Fiz minhas necessidades e sai do banheiro.

Encarei de longe os dois conversando. Estavam tão bem lá, só os dois, que eu resolvi não me intrometer. Fui em direção á porta da boate e sai. Na mesma hora um vento agradável acariciou meu cabelo.

Respirei fundo

(Recomendo colocarem a música da mídia agora)

Senti aquela briza suave passar por mim. Mas uma coisa me inquetava. O precentimento que senti a um tempo atrás não passou. Ao contrário. Só aumentou.

Nunca senti algo tão forte assim. Será um aviso?

Agora está bem tarde. Aproximadamente umas onze horas da noite. Estou sozinha em uma rua deserta. Onde o que só se escuta, é a música alta que está tocando dentro da boate. Parece suicídio eu estar sozinha em um lugar que mal conheço. Poderia haver um assalto ou coisa parecida.

Mas algo me levou a atravessar a faixa de pedestres. O sinal estava vermelho, então que perigo havia? Pela minha consciência, nenhum.

Não sei oque me fez atravessar a rua. Apenas vi faróis extremamente brilhantes virem na contramão, e na minha direção.

Meu coração ficou disparado. Não conseguia sair do lugar. Parecia que uma força invisível prendia meus pés naquele asfalto.

Eu estava assustada demais. Então fechei meus olhos e esperei a batida.

Não aconteceu.

Braços fortes me pegaram no colo e me tiraram da direção daquele carro.

Foi tão rápido que mal tive tempo de respirar direito. Abri os olhos e vi o carro sumindo da minha vista, e na minha frente estava meu salvador.

Não consegui reparar direito em seu rosto. A escuridão da noite não deixou. E ele estava de capuz então a única coisa que reparei foi em seus olhos que eram de um preto único. E em seu cabelo castanho caindo sobre o olho.

Me olhava com intensidade. Mas não durou muito tempo.

Em um piscar de olhos ele sumiu. Do nada. Eu fiquei ali, na calçada, atordoada pelo oque acabou de acontecer.

Eu quase fui atropelada. Mas fui salva por uma pessoa que sumiu em um piscar de olhos.

Quem será ele?

                                                ♢♢♢

Chego em casa e subo direto para o meu quarto. Vim sem avisar ninguém. Estava ocupada demais pensando no que aconteceu a alguns minutos atrás. Ele nem deixou eu agradecer por ter salvado a minha vida. Sabe-se lá o que poderia ter acontecido se ele não tivesse me tirado da mira daquele carro.

Resolvi mandar uma mensagem para a Júlia avisando que estou em casa. Ela com certeza deve estar preocupada. Mas provavelmente só vai ver depois que terminar a "conversa" com o Louis.

Entrei no banheiro e me despi. Fui para debaixo do chuveiro e deixei a água morna cair nas minhas costas. Meus músculos instantaneamente relaxaram. Eu estava tão tensa que mal conseguia me mexer.

Tomei um longo banho e botei meu pijama. Deitei-me e fique o encarando o teto por um bom tempo. Sabe quando você está quase durmindo mas milhares de pensamentos vem a tona e não deixam a pessoa durmir? Então, é isso que está acontecendo.

Tentei deixar minha mente em Branco, sem pensar em nada, e surpreendentemente consegui. Finalmente durmi.

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Meu despertador começa a tocar. Com relutância o desarmo e levanto da minha adorável cama que agora parece muito convidativa para mais um tempinho de sono. Entro no banheiro e faço minhas higienes matinais. Coloco um macaquinho florido e uma rasteirinha. Desço as escadas e me deparo com minha mãe e meu pai na cozinha.

—Bom dia— falo chamando a atenção dos dois.

—Bom dia—disseram em um quase uníssono.

—Vamos fazer uma viajem de negócios hoje. Só voltaremos daqui a um mês.— Meu pai disse e eu não me surpreendi. Sempre fizeram viagens assim.

—Tá bom.—falei pegando uma maçã da fruteira e o meu celular.

—Comporte-se e cuide da casa. Quero vê-la impecável quando voltarmos.— Minha mãe falou com seu tom grosso de sempre. Eu só acenti com a cabeça e sai de casa, rumo ao trabalho.

Chego na casa da Angelina e cuido da Alice até onze horas ,que é a hora que o Roberto, pai da Alice, chega do trabalho. Depois eu fui para casa.

Chegando em casa tomei um banho, coloquei o uniforme e fui para mais um dia de escola. Tive uma sorte bem grande de não ter bebido nada ontem, pois por ser no dia anterior ,quarta-feira, hoje com certeza estariam em uma bela ressaca, e ir para a escola não seria uma boa opção.

Nem sei se a Júlia vem hoje porque, pela quantidade de bebida que ela tomou deve estar em uma dor de cabeça horrível.

E é aí que eu me enganei. Quando cheguei na escola ela estava na porta me esperando. E aparentemente não está com nenhuma ressaca.

—Oi— falei quando parei ao seu lado.

—Oi. Por que sumiu da festa ontem?—perguntou mas resolvi não falar nada. Ela me acharia uma maluca.

—Eu estava desconfortável lá então resolvi ir embora.— disse e ela acentiu.

—Rolou alguma coisa com o Louis?—perguntei e o seu rosto tomou um leve tom de vermelho.

—Não. A gente ficou só na conversa mesmo.—falou e na sua voz tinha um tom de desapontamento.

—Ata.— Me calei e entramos na escola.

Fui em direção ao meu armário e a Júlia para o dela, que era em frente ao meu.

Percebi um certo afobamento nas garotas que estavam ao meu lado e me virei em direção ao que, ou quem, que elas estavam olhando.

Meu queixo caiu.

O coração disparou.

Era ele...

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Oie

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Quem será ele?

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Meu Anjo da Guarda.Onde histórias criam vida. Descubra agora