Capítulo dezessete

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Toni POV

Chego em casa e vejo meu pai na janela com uma cara nada boa, pago o táxi e vou em direção a porta, respiro fundo e entro.

-Posso saber aonde você estava, Antonniete? E por que não atendeu as minhas ligações ou respondeu as minhas mensagem? - Ele pergunta com cara de bravo.

-Desculpa, eu me distrair e nem notei que não te avisei aonde estava.

-Irresponsabilidade sua, eu peço apenas para que você me avise aonde está e nem isso você faz.

-Desculpa ok? Eu sei que foi erro da minha parte mas você não precisa surtar dessa forma.

-Toni, nós fazemos parte de uma gangue, uma hora sem notícias sua já é motivo para preocupação imagine um dia inteiro? Então eu tenho motivos sim para "surtar". - Ele faz aspas com as mãos.

-Ta bom, eu já entendi. Agora posso ir para o meu quarto? - Pergunto tentado ser o menos debochada possível.

-Não, você não pode ir para o seu quarto. Você ainda é menor de idade, o que significa que tem que respeita o seu responsável que no caso sou eu. Então você vai sentar na porra desse sofá e nós dois vamos conversar. - Bufo e sento no sofá, meu pai puxa uma cadeira e fica de frente para mim. -Aonde você estava? - Ele pergunta pausadamente e com um tom de voz sério.

-Eu estava no lado norte da cidade.

-Sem gracinhas Antonniete Topaz, aonde você estava? - Oh senhor, eu só queria dormir.

-Eu estava na casa da minha amiga.

-Qual amiga?

-A Veronica. - Respondo nervosa.

-Ah, você jura. Engraçado que o Jughead ligou para ela e a mesma disse que você saiu da casa dela de madrugada, e estava acompanhada.

Eu sabia que uma hora ou outra meu pai iria ficar sabendo da minha aproximação com Cheryl, mas eu queria que fosse algo mais tranquilo e não por meio de "fofoca".

-Sim pai, eu estava na casa da cheryl Blossom. - Ele põe a mão no rosto e nega com a cabeça. -Qual foi? Você mesmo diz que devemos perdoar uns aos outros.

-Uma coisa é você perdoar, outra coisa totalmente diferente é você virar amiga de uma garota que te pôs na cadeia. - Ele levanta da cadeira. -Por que, Toni? Por que dessa aproximação.

-A Cheryl é uma pessoa incrível, ela só precisava de alguém que lembrasse isso a ela e que ficasse ao seu lado.

-E essa pessoa tinha que ser você? Com vários moradores aqui em Riverdale, a única que podia ajudar ela era você?

-Isso é ridículo, a Cheryl tem se mostrado uma amiga maravilhosa, e principalmente um ser humano maravilhoso, então você não deveria ficar insultando ela sem saber da história completa.

-Fala a verdade, Toni. Você só se aproximou dela para conseguir se vingar né?. - Ele põe a mão no queixo e começa a andar de um lado para o outro. -Já sei, você se aproximou dela para poder desfrutar das coisas boas que o dinheiro nos oferece. - Ele volta a se sentar na cadeira novamente e pega minha mão. -Mas deixa eu te falar uma coisa, o dinheiro..... - Não deixo ele terminar. Não é possível que ele realmente levou essa probabilidade a sério.

-Que monstro você pensa que eu sou? - Puxo minhas mãos com força e me levanto. -Eu não me aproximei dela com segundas intenções. Eu sei muito bem como é ser julgada por causa das merdas que os outros falam. Todo mundo dizia que Cheryl era uma desalmada sem coração, mas adivinha, hoje ela é muito querida na escola e sabe por que? Porque as pessoas preferem apontar o dedo e julgar do que se informar da história e tent ajudar. - Passo a não no rosto e respiro fundo. -Hoje em dia as pessoas acham que se redimir e pedir perdão é sinônimo de covardia, mas não, não é. Pedir perdão é reconhecer que errou e que está disposto a mudar. Do mesmo jeito que perdoar alguém não significa ser trouxa, e sim que você é bem resolvido consigo mesmo e que tem a capacidade de dar uma segunda chance. - Pego minha bolsa e vou para o meu quarto e paro na porta. -Agora se você é amargurado o suficiente para não acreditar em nada do que eu disse, eu sinto muito.

True Love - Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora