Capítulo dezenove

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Toni POV

Depois de socar a parede xingar muito, Betty me acalma e me faz sentar no sofá enquanto ela me abraça e me faz parar de chorar.

-Toni, posso te perguntar uma coisa? - Ela quebra o abraço e eu concordo. -Você e a Cheryl estão namorando?

-Não, mas estamos ficando. - Lembro dos nossos momentos juntas e sorrio. -Mas ontem nos brigamos. - Mordo o lábio segundo o choro.

-E por que vocês brigaram? - Ela me pergunta e eu lembro da nossa discussão e Cheryl gritando comigo.

-Por minha causa. - Me limito a dizer e respiro fundo.

-Como por sua causa, Toni? Você tava traindo ela ou algo do tipo? - Ela pergunta e eu nego rapidamente.

Eu posso até ter feito a burrada de não assumir o namoro com a Cheryl, mas eu nunca trair ela, nunca mesmo.
Sempre que alguma menina dava em cima de mim, eu não fazia nada por achar que não seria necessário, eu não ligava e isso já era o suficiente para mim. Mas se eu soubesse que incomodava a Cheryl eu teria feito algo a muito tempo.

-Não, eu nunca trair ela. Mas eu tive medo dos meus sentimentos. Eu tive medo de assumir o namoro com a Cheryl e as pessoas detonarem a gente e ela voltar a ser aquela Cheryl ruim novamente. - Betty concorda me compreendendo. -Eu também tive medo de ser insuficiente para ela, Cheryl já sofreu demais, eu não queria que ela sofresse mais ainda, ainda mais por minha causa. - Volto a chorar e Betty me abraça.

-Ah, Toni. Eu não acredito que você fez isso. - Eu me afasto e sento de frente para ela. -Olha, eu sei que os nossos sentimentos são confusos e que as vezes acabamos errando por conta deles, mas não podemos deixar de fazer algo por medo. - Ela se aproxima e pega nas minhas mãos. -Não podemos ficar acorrentadas ao medo, temos que mostrar que nós temos força o suficiente para conseguir fazer algo.

-Mas e se eu magoar ela, Betty? E se eu não for a namorada perfeita? - Pergunto entre soluços.

-Toni, as pessoas que mais amamos são as quem mais magoamos, pois queremos que sejam perfeitas e esquecemos que são apenas seres humanos. - Ela chega mais perto. -Ninguém é perfeito, por mais que você faça tudo certo, em algum momento vai acabar magoando ela, mas se ela te amar de verdade, vai saber de perdoar e te ajudar a nunca mais cometer o mesmo erro. - Ela me abraça.

Betty tem razão, não tem como eu saber se vou ser uma boa namorada para Cheryl sem eu ao menos tentar. A gente se ama, vamos saber lidar com tudo.

-Eu tenho certeza que você será a melhor namorada para a minha prima, com certeza vão se casar e ter lindos filhos. - Eu dou risada e ela me acompanha.

-Obrigada. - Sorri. -Mas ainda tem um porém, Cheryl precisa de sangue, e eu só vou conseguir doar daqui a um dia, e se ela não aguentar? - Pergunto triste.

-Relaxa, eu já pensei nisso. - Levanto meu olhar e peço para que ela continue. -Eu conheço um enfermeiro que trabalha nessa área de doação de sangue lá no hospital, e ele faz uns trabalho obscuros pra minha mãe sabe? Pra ela publicar no jornal em primeira mão. - Eu presto atenção em cada palavra dita. -E eu falei com ele hoje para que você pudesse doar o sangue sem ter a autorização de um responsável, e depois de termos acertado um valor ele aceitou coletar seu sangue. - Eu abro um sorriso e volto a abraçar ela.

-Obrigada, Betty, obrigada do fundo do meu coração. - Abraço mais forte e beijo seu rosto. -Agora vamos, eu preciso vê a minha garota.

Saímos do bar e fomos direto para o hospital, Betty tentou me convencer de almoçar ou pelo menos comer algo, mas eu realmente estava sem fome alguma. Fomos direto para o hospital aonde todos os meus amigos nos esperavam.

True Love - Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora