Capítulo vinte e três

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Cheryl POV

Fico em choque ao vê minha mãe, ou a mulher que deveria ser minha mãe, parada ao lado da caixa de som. Minha boca seca, meu estômago embrulha e eu fico zonza, só não caio porque Toni passa suas mãos pela minha cintura.

-O que diabos está acontecendo aqui na minha casa? - Ela pergunta.

-Sua casa? - Dou uma risada irônica.
-Essa casa deixou de ser sua assim que você abandonou ela. - Todos abrem a boca e eu me condeno pelo o que foi dito. Caminho até ela. -Vamos conversar lá fora. - Ligo o som de volta e saio da casa acompanhada da megera.

-Que a festa comece novamente. - Veronica grita e todos voltam a dançar.

Eu e Penélope caminhamos até os fundos da mansão, que é tipo um jardim com alguns bancos.

-Fala logo o que você está fazendo aqui?

-Ora Cheryl, eu resolvi voltar para minha casa. - Nego com a cabeça.

-Essa casa deixou de ser sua no momento em que você e o Clifford saíram pela porta da frente me abandonando. - Me aproximo dela.
-Você sabe o tanto que eu sofri? Você sabe quantas vezes eu tive a esperança que você e o seu marido voltassem? Que vocês iriam entrar pela aquela porta e me pedir perdão? - Sinto um bolo na minha garganta ao lembrar das memórias triste. Ela se mantém em silêncio. -Não, você não sabe. Isso tudo porque você nunca foi uma mãe de verdade, você nunca gostou de mim, então não me venha com essas de "minha casa", porque essa casa agora é minha. - Falo com a voz alterada e escuto alguns passo vindo em nossa direção. -Aliás, essa casa é minha e da minha namorada, a pessoa que realmente me ama, Toni Topaz. - Passo o braço pela sua cintura e trago ela para perto de mim.

-Cheryl, eu sei, eu sei dos meus erros, mas agora eu quero conserta-los, quero poder cuidar de você como uma mãe de verdade. - Toni deixa escapar uma risada. -Será que podemos conversar a sós?

-Não, não podemos. Nós não temos nada para conversar, e mesmo se tivéssemos, poderia falar na frente da Toni, eu e ela somos uma só. - Beijo sua bochecha. -Agora vaza, a festa não pode acabar por conta de uma víbora. Saia antes que eu ligue para a polícia. - Ela fica parada nos olhando. -Eu não tô brincando, cai fora da minha casa.

Ela arruma sua roupa e sai andando em direção a saída.

-O que que a minha querida sogrinha queria? - Toni me pergunta e eu reviro os olhos.

-Não chama ela de sogra, ela não é minha mãe.

-Desculpa.

-Ta tudo bem, mas é que a Penélope me irrita, ela simplesmente some por dois anos e depois volta como se nada tivesse acontecido, e ainda diz que quer voltar a morar aqui, e quer recomeçar comigo. - Passo a mão pelo meus cabelos.

-Ela é uma sem noção, você fez bem em expulsar ela da sua casa. - Ela chega mais perto e põe uma mercha do meu cabelo atrás da minha orelha. -Mas eu fico preocupada, ela já te fez muito mal, não quero que ela tente algo contra você agora. - Faço um carinho em sua bochecha. Ela é tão fofa.

-Pode ficar tranquila, eu sou uma ótima arqueira e sei me defender. - Abraço seu pequeno corpo. -Agora vamos voltar, ainda temos que curtir muito. - Beijo sua testa e voltamos para a festa.

Tento me distrair dançando com meus amigos mas nada funciona, Penélope Blossom continua vagando pelos meus pensamentos. ARGH! Que velha maldita.

Me desloco até a mesa de bebida e preparo um drink bem forte, com pelo menos 80% de álcool.
As coisas começam a ficar animadas, o álcool vai dominando meu corpo e Penélope Blossom já não se encontra mais em minha mente, apenas garrafas de bebidas.

True Love - Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora