Capítulo vinte e um

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Cheryl POV

Como eu odeio estar inválida!

É muito chato depender das pessoas para fazer as coisas, sempre que eu quero comer ou beber algo tenho que pedir ajuda, Toni me proibiu de fazer qualquer esforço. Isso tudo é um saco.

Eu estou no hospital a exatamente uma semana e não aguento mais.

-Amor, por favor, come a sua sopa. - Toni me pede e eu nego pela décima vez. -Cheryl, não complica vai.

-Toni, eu não aguento mais comer comida pastosa, eu quero ir embora. - Falo e bufo.

-Então come logo o seu jantar, merda. - Percebo Toni começar a se irritar.
-Desculpa.

-Você pode ir embora, não precisa ficar aqui forçada, não quero ninguém me tratando como um peso morto, já fizeram isso por anos e eu não vou suportar mais. - Falo irritada e ela abaixa o olhar.

-Cheryl, desculpa. Desculpa mesmo, eu não queria soar brava com você, mas a situação também tá sendo bem difícil pra mim. - Ela põe o prato de lado e pega minha mão. -Desculpa pelas vezes que eu fui grossa com você, não era minha intenção, eu juro. - Ela leva minha mão até a sua boca e deixa um beijo.

-Eu que tenho que te pedir desculpas, você só quer me ajudar e eu aqui sendo grosseira, sinto muito se te magoei. - Abaixo meu rosto e ela levanta meu queixo.

-Você não me magoou, tá tudo bem. - Ela me dá um selinho. -Agora come sua sopa, por favor.

-Ok, mamãe. - Bato continência e ela põe a colher de sopa na minha boca.

Depois de muitas caretas e muitos resmungos, eu comi tudo e ganhei vários beijinhos do meu amorzinho.

Depois que a enfermeira retirou minha bandeja, eu e Toni ficamos conversando e jogando baralho, o que resultou em uma Toni emburrada por conta de ter perdido três vezes seguida no truco.

-Licença, posso entrar? - Uma voz conhecida por nós duas pergunta.

-Claro. - Respondo e Clau entra no quarto. -Você não tava de folga? Sentiu saudades minha? - Pergunto e ela rir.

-Claro, senhora dona do mundo. - Ela diz debochando. -Já comeu, birrenta?

-Infelizmente sim. - Digo fingindo estar triste. -Eu só queria ir pra casa, poder tomar uma longo e maravilhoso banho de banheira, e comer um delicioso lanche do Pop's.

-Eu tô aqui justamente para isso, como eu tenho sido a sua enfermeira fixa, digamos assim, eu tenho uma certa participação na sua alta. - Ela para ao lado da cama.

-E então? Vou poder ir embora? - Pergunto esperançosa.

-Sim, amanhã de manhã você ganhará alta do hospital. - Sorrio ao escutar a resposta da loira e abraço forte Toni.

-Finalmente você vai pra casa, amor. - Ela me da um selinho longo.

-Ok casal, sem baixarias no hospital, respeitem os doentes. - Clau diz empurrando Toni de brincadeira. -Amanhã, de manhã, sem falta, eu e o Dr Otávio vamos vim aqui para liberar você. - Ela me abraça e depois abraça a Toni. -Tchau, tem uma linda mulher me esperando do lado de fora do hospital.

Ela sai e eu comemoro com Toni, finalmente vou embora desse lugar chato e sem vida alguma. Voltamos a jogar e passamos a tarde toda assim, jogando e trocando carinho.

-Qual seu número da sorte? - Toni me pergunta em quanto eu faço cafuné no seu cabelo. Já anoiteceu.

-Dois.

True Love - Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora