Capítulo IV

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 Tarefas prontas, igreja impecável, Gerard se preparava para a missa e Frank estava tentando arrumar um jeito de conseguir bebidas e drogas.

O mais velho então teve a brilhante ideia de visitar a Quincez, uma boate mais corrupta do que o próprio governo, tinha de tudo lá, do mais miserável relógio falsificado até o maior mercado negro de escravos. Tudo se baseava em amizades, e Frank tinha muitas por lá, esse seria o jeito de conseguir beber um pouco e fumar uma erva antes da chata missa de sábado com os santinhos.

Frank colocou seu jeans escuro, qualquer camiseta que encontrou na bolsa, seu rotineiro all star e uma jaqueta de couro, deu um jeito no cabelo e saiu de fininho da igreja. Ao atravessar a rua, viu uma bicicleta encostada no poste, olhou para os lados e logo subiu na bike seguindo para a boate.

◇◇◇

Drogas, bebidas, sexo e muita música, isso era o resumo do Quincez.

Durante muito tempo, Frank viveu por ali e na maioria da vezes, passava uma semana por lá. Entrou cumprimentando os seguranças e seus olhos tomaram um brilho nostálgico ao adentrar o bordel, afinal, o lugar nunca foi tão ruim assim.

Reconheceu a maioria dos marmanjos ali, no som era "Hound Dog", Elvis Presley? Sério?

Dirigiu-se ao bar e sentou admirando o bartender, sorriu travesso quando o outro notou sua presença:

— Frank? — O loiro abriu um sorriso ameno.

— Gim e whisky, Vince. — Debruçou-se sobre a mesa ainda sorrindo e piscou para o outro.

O loiro riu baixo e fez então o de sempre, três doses de gim e whisky juntos, Frank tinha seus gostos estranhos por bebidas alcoólicas, ninguém julgava. Ao receber suas preciosas doses, não hesitou em ingerir-lás instantaneamente.

Sentiu o fogo subir por sua garganta e suspirou aliviado, ah, como amava essa sensação. Tirou o dinheiro da carteira e colocou sobre o balcão já se retirando com sua última dose nas mãos, travou quando viu seu velho amigo em uma das mesas lotadas, e caralho, como ele estava lindo.

Robert McCracken, o filho da puta mais sortudo de Phoenix. Bert conhecia a cidade inteira e com um estalar de dedos, tinha tudo o que quisesse. Bancos roubados, joalherias, assaltos à cassinos meia boca, tudo à mandato de McCracken. Quase o próprio Pablo Escobar, tinha as melhores drogas da cidade e todos pagavam bem naquilo, boa qualidade era o sobrenome. E para Frank, a melhor parte era a energia que o outro tinha, principalmente na cama. Era de se admitir que o maldito acólito não saia de sua cabeça, mas estava disposto à tirar ele de seus pensamentos nem que fosse por dez minutos.

Foi andando como quem não queria nada, bebericando seu copo e mantendo seu olhar distraído no lugar. Iero sim sabia fingir:

— Em nome de Cher, Iero, é você mesmo? — Escutou o chamado alto do agora loiro, Bert McCracken.

Frank virou fingindo surpresa e sorriu grande ao se aproximar da mesa estrondosa de gente, atropelando todos ali apenas para abraçar Bert.

— Edward, você tá irreconhecível. — Abraçou o mais alto rapidamente.

— É a moda de Éden. — Brincou sorrindo de lado e se sentando. — Senta aí.

Frank se sentou ao seu lado e analisou as pessoas quase em um estado morto-vivo à sua frente, o que Bert estava tramando dessa vez?

No mesmo instante, o loiro preparou as carreiras do pó quase bege em cima da mesa e em seguida bebeu toda a cerveja da garrafa à mesa. O menor tentou identificar a droga ali mas não estava conseguindo, fitou o outro balançando a cabeça negativamente com o sorriso maroto nos lábios:

Sanctificetur || FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora