Cego pelo amor

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— Sou eu

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— Sou eu... s-sim. — quis se amaldiçoar por ter gaguejado assim que se virou para ver o dono da voz misteriosa.

Kim Taehyung.

Jimin mal podia acreditar que Kim Taehyung estava falando com ele. Sentiu que desmaiaria a qualquer momento, mas respirou fundo e colocou em mente que seria o maior mico que ele passaria na vida caso simplesmente caísse duro no chão. O pobre coitado estava quase hiperventilando.

— Ouvi dizer que é bom em geografia, será que você poderia me ajudar com o trabalho?

— Ah... Ah... — ele apenas balbuciava, tentava falar, mas nada saía de sua boca.

— Está tudo bem? — Jimin acenou freneticamente a cabeça em afirmação.

— Q-Que tipo de ajuda?

— Jungkook disse que você já morou no Canadá. Sabe, poderia nos ajudar com algumas coisas...

— Eu morei lá por pouco tempo, não sei se sou de grande ajuda...

— Qualquer coisa tá ótimo.

Jimin pensou um pouco, aquela era sua chance de ficar perto de Kim Taehyung.

— Tudo bem. — confirmou hesitante.

O acinzentado abriu um sorriso quadradinho que quase fez Jimin cair no chão. Park já havia visto aquele sorriso antes, mas apenas em seus sonhos ele fora direcionado para si. Kim agradeceu imensamente e marcou de se encontrarem na biblioteca no dia seguinte para fazerem o trabalho.

Jimin ficou parado vendo Kim se afastar e, quando ele sumiu de suas vistas, ele escorou-se no armário e pôs a mão no peito. Seu coração estava disparado, chegava a doer. Soltou todo o ar que prendeu em seus pulmões e pegou o celular no bolso para olhar as horas. Suas mãos tremiam muito, parecia ter Parkinson.

Durante o caminho de volta para casa ele estava tão aéreo, mas tão aéreo que quase atravessou a rua quando o sinal estava aberto para os carros, e quase deu de cara num poste duas vezes — ok, talvez três. Chegou em casa sem saber como estava vivo e sem hematomas, na verdade ele sequer sabia como ele chegou em casa, não se lembrava de ter feito todo o trajeto de meros seis quarteirões.

Sua casa estava vazia, como sempre. Seu pai, Park Min Ho, era cozinheiro num restaurante de shopping, e sua mãe, Park Ji Sung, trabalhava no caixa de uma loja de conveniência de um posto de gasolina. Não tinha irmãos, o que deixava a vida monótona e chata. Fez um misto quente, esquentou uma caneca de leite com achocolatado e foi comer seu lanche vendo televisão.

Sua casa era bem simples, mas era confortável, reconfortante e aconchegante. Apesar da simplicidade de tudo, Jimin gostava de sua vida. Seus pais se matavam para por comida na mesa, para pagar as contas, para mimarem o filho de vez em quando e Jimin era muito grato a eles por tudo que já fizeram e ainda fazem por ele.

Hold me tight - VminOnde histórias criam vida. Descubra agora