Eu amo você

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— Ah

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— Ah... Rise... Taehyung é tão perfeito...

— Você parece um bobo apaixonado. — riu. — É tão bom te ver assim suspirando pelos cantos e sorrindo abobado. Taehyung realmente te faz bem.

Jimin sorriu largo e virou-se para frente assim que o sr. Bae entrou na sala. Ao invés de prestar atenção nas fórmulas de trigonometria, ficou desenhando por todo o seu caderno. Perdeu as contas de quantas vezes desenhou seus olhos no rodapé das páginas e escreveu seu nome pelos cantos. Rise tinha razão, Jimin parecia um bobo apaixonado.

Mas ele não tinha culpa. Taehyung estava fazendo tão bem a ele que quando estavam juntos Jimin simplesmente esquecia de tudo que o afligia e que o incomodava. Kim tinha o poder de cicatrizar todas as feridas causadas pelos bullies na escola. Jimin se sentia tão sortudo por tê-lo ao seu lado que nada mais importava.

Estavam juntos nesse relacionamento-ainda-não-rotulado há quase dois meses, e esses meses haviam sido os melhores das vidas de Jimin e de Taehyung. Geralmente eles passeavam num parque perto do rio Han aos domingos apenas para passar o tempo na companhia um do outro. De vez em quando passavam o fim de tarde na casa um do outro assim que as aulas acabavam. Aos sábados mal se viam, já que Taehyung passava o dia na escola treinando com o time de basquete.

Jimin mal via a hora daquela aula acabar para poder ir para a aula de química — nunca pensou que ansiaria por uma aula de química, na verdade. Bom... Antes as aulas de química só serviam para Jimin poder admirar Taehyung em segredo, agora servia para ambos trocarem bilhetes e sorrisos apaixonados.

Falando-se assim tem-se a impressão de que, àquela altura do campeonato, a escola inteira já sabia do romance dos dois, mas por incrível que pareça discrição era a especialidade dos malandrinhos. As únicas pessoas no mundo que sabiam do caso dos dois eram Namjoon e Rise, mais ninguém.

Quando o sinal tocou Jimin despediu-se brevemente da amiga e saiu apressado da sala dando o seu melhor para conter o sorriso. Ignorar cochichos das pessoas já havia virado um hábito, com o passar do tempo Jimin aprendeu a parar de dar atenção a insultos indiretos — como risadinhas, olhares de desprezo e cochichos maldosos —, simplesmente não ligava mais pra isso. Claro que as provocações diretas ainda o feriam, e muito. Tentava ao máximo não se importar, mas sempre tinha um dia ou outro que ele ficava mais sensível que o normal, não podia evitar.

Entrou na sala e se sentou no fundo, sorriu contido ao ver Taehyung entrar na sala e se sentar na sua frente. Apressou-se em escrever um bilhete, caprichou na caligrafia e dobrou o pequeno papel. Deu um pequeno chute na carteira de Taehyung e este soube na hora o que significava. Jimin levou sua mão com o bilhete para debaixo de sua carteira e encontrou a de Kim esperando.

Era assim que funcionava a troca de bilhetes para não chamar a atenção dos colegas e muito menos a do professor Choi. Jimin chutava fraco o pé da cadeira e Taehyung levava a mão para debaixo da carteira de Jimin. Quando Taehyung queria devolver o bilhete, geralmente ele estralava um dos dedos e Jimin entendia a mão debaixo da carteira para pegar o papel. De vez em quando Kim se espreguiçava e simplesmente soltava o bilhete já na mesa de Jimin.

Hold me tight - VminOnde histórias criam vida. Descubra agora