Julho, 1994 As férias de Verão

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Junho estava terminando e logo começariam as férias de verão.

No almoço, os amigos conversavam sobre os planos para as tão esperadas férias.

— Sophia, o que você vai fazer nas férias? — perguntou Collin.

— Eu ficarei aqui mesmo, na Ilha.

Sophia não viajava nas férias. Ela sempre ficava na Ilha e passava as tardes na praia ou andando de bicicleta na praça.

— E você, para onde vai nas férias? — perguntou Evy a Collin.

— Eu vou para o nordeste do Continente. Dizem que lá as praias são mais lindas que as daqui. — respondeu Collin.

— Eu vou para o Sul do Continente. Minha mãe disse que em julho, lá é muito frio e chega a nevar. Faz zero grau ou até quatro graus negativos. Minha mãe disse que olhar a neve de perto é um sonho; colocou isso na cabeça, parece obcecada. E meu pai não gosta de frio... — Evy sorriu. — Mas, concordou. Ninguém contraria minha mãe quando ela decide que quer alguma coisa. Vamos enfrentar um voo longo; mas, vamos!

— Meus pais ainda não sabem, mas acho que vamos para o Norte do Continente. Meu pai gosta de aventura. Dá pra imaginar? Ele quer ficar num hotel, no meio da floresta. Eu morro de medo! Tenho alergia de tudo! E eu ouvi dizer que na floresta do Continente tem mosquito de tudo que é espécie, e que faz muito calor. — falou Ingred.

— Eu vou para o Centro-oeste do Continente... Vou para a casa da minha avó. Meus pais querem se livrar de mim por um mês. Lá tem fontes de águas quentes, cachoeira, montanhas. Eu vou aprontar! — disse Telle.

— E você, Matt? O que vai fazer nas férias? — perguntou Collin.

— Eu ficarei aqui, na Ilha. Não viajarei.

Evy se antecipou e pareceu bem entusiasmada.

— Olha só! Desta vez, Sophia não ficará sozinha! Você pode fazer companhia a ela.

Aquilo soou muito constrangedor para Sophia, e Matt tentou amenizar a situação.

— Eu não vou incomodar a Sophia. Não nas férias! — ele sorriu, e olhou para Sophia. — Fica tranquila, você não me verá nas suas férias de verão.

Antes das aulas terminarem, as noviças do Casarão do Foral foram até o Colégio para tirar as medidas das moças que estariam no Baile das Rosas. Sophia não queria participar, mas Irmã Magnólia a aconselhou a ir à festa e receber o presente que cada uma das meninas recebia todos os anos: um vestido lindo. No auditório, as meninas foram recebidas. As noviças conversavam com elas e faziam os desenhos dos vestidos para que pudessem ver como ficariam.

Em agostos, elas se encontrariam, de novo, para a prova e ajustes do vestido. Thaise estava animada; Evy estava ansiosa, pois seu baile só aconteceria no ano seguinte; Ingred não gostava da ideia de usar um vestido com uma saia tão rodada, mas achava até "bonitinho;" Sam estava feliz por sua nova amiga, ela sabia como o Baile das Rosas era importante.

Um encontro impensável

Na primeira semana das férias, Sophia foi à praia com seus pais. Passou o dia inteiro tomando banho de mar, de sol, andando sobre a areia branquinha, catando conchinhas e comendo frutos do mar. Ela conseguia se divertir sozinha.

Na semana seguinte, ela saiu sozinha de bicicleta e foi até a orla da Ilha. Deixou a bicicleta no chão e se sentou num banco. A Orla estava repleta de turistas e de pessoas que moravam na Ilha. Um músico tocava seu violão e cantava suavemente.

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