Novembro, 1994 Você faria novamente?

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Como seguir adiante depois do Baile das Rosas? Eles encontraram uma maneira.

Ambos evitaram trocar palavras durante alguns dias. Os amigos não se intrometeram. Thaise ficou surpresa, quando Sophia pediu que não falasse em Mathieu. Collin ficou impressionado com o fato de que Matt almoçava com eles, mas falava o estritamente necessário com Sophia.

Os dias se passaram. A mesma rotina. No entanto, as perguntas continuavam e as respostas não vinham.

Laura parou com os boatos. Não havia o que falar sobre os "burladores" de regras. Ela mesma se arrependeu de colocar em risco a vaga de Sophia no Colégio.

Tudo estava mais cheio de nevoa e silêncio. Evy não entendia o porquê de sua amiga estar tão séria. Ela não ria das suas piadas e nem do mau humor de Ingred. Seus livros eram um esconderijo e evitava conversar. Sempre estava ocupada, atrasada ou com tarefas a terminar. O fim do ano de 1994 era, com certeza, o mais desconfortável de todos.

Todavia, na última aula de educação física, a Professora não apareceu. A Irmã Magnólia os liberou mais cedo para voltarem para casa. Aquele era o momento para que eles pudessem conversar. Collin encorajou Matt a ir até Sophia e falar com ela, pois a moça parecia triste.

Ele se aproximou calmamente. Ficou, em pé, ao lado dela e não disse nada. Até que Sophia sussurrou:

Você não sabe quando está exagerando? — ela estava inquieta.

— Sobre o que você está falando? — ele tentava se manter calmo.

— Por que você me disse... — suspirou. — por que falou?... Somos amigos.

— Às vezes, eu sou assim... Tento raciocinar sobre quase tudo... Mas nem sempre consigo...

— A razão nos salva de loucuras... — Sophia ponderou como se quisesse não ter ouvido nenhuma daquelas palavras.

— A emoção mostra... — as palavras dele a tornavam mais distante. algumas pretensões extravagantes da razão.

— Minha razão refreia meus sentimentos. — ela apertou os lábios.

— Eu sei, os sentimentos podem nos enganar... pessoas podem nos enganar... — Matt sabia do que estava falando.

— Você me perguntou do que eu tinha medo... — Sophia tirou a fita do cabelo e olhou para Matt. — Tenho medo de meus sentimentos.

— Eu sei... — ele se viu refletido nos olhos escuros dela.

— Você fala como se soubesse tudo!

— Não, não sei de tudo, Sophia! — disse ele, infeliz.

Ela sentou-se no gramado de futebol e baixou a cabeça.

— Tudo o que eu faço é estragar tudo... Estou tentando deixar claro, mas não estou conseguindo... — ele sentou-se ao lado dela, e parecia confuso.

— Eu não sei de onde você veio. Não sei quem é você. Não sei o que você quer. De onde você veio? Quem é você? — aquele momento era difícil para Sophia; uma conversa como aquela pode afastar ou aproximar pessoas; porém, jamais se apagaria da memória.

— Sophia, eu não estou brincando com você; ou, me divertindo com alguém de um lugar que eu nem sabia que existia.

— Você fala de um jeito...

— Desculpa, Sophia. — ele pisava em gelo fino.

— Como você veio parar aqui na Ilha?

— Eu morava em uma cidadezinha do norte da França, Villeneuve d'Ascq, e estudava em Lille... Por favor, não me entenda mal...

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