beyond the Sea

Cap.3: First Problems

Miami Beach - FL

P.O.V Justin Bieber 22:34 p.m.

Já tinha bocejado 500 vezes em menos de 1 hora, sem a mínima vontade de continuar ali ouvindo as conversas chatas dos caras com a Alana.

Mas de uma coisa eu tive a total certeza em toda a conversa, ela sem dúvida alguma era a mulher mais estranha e inocente que eu já conheci na vida. Sem brincadeira nenhuma, ela tinha umas conversas loucas, sobre oceano, riqueza, jóias, ouro, mas disse que nunca viajou para fora do país... E toda vez que os caras lhe faziam referências maliciosamente, ela enrugava a testa sem entender e as vezes me perguntava.

— Então você só saiu do Havaí agora? — O Chaz perguntou, todo interessado no assunto e ela concordou com a cabeça. — Tipo, com toda essa riqueza que você tem, nunca sentiu vontade de viajar pelo mundo?

— Onde moro, aliás, onde eu morava antes de vir pra cá, nós mulheres só tínhamos permissão pra sair da nossa terra natal com a permissão dos nossos pais. — Falou, e enruguei a testa. Isso era meio machista.

— Apenas as mulheres?

— Sim, a gente vivia num patriarcado ruim, dominado pelos pais. — Ela explanou e me olhou, desviando seguidamente. — Enfim, é muito chata a minha história de vida, pois terminou com toda a minha família me abandonando.

— Eu fui abandonado pelo meu pai quando tinha 8 anos. — Falou, o Stryder e a Alana enrugou a testa. — Minha mãe era uma viciada e ele se cansou dela, então foi embora. — Arqueei as sobrancelhas e lembrei da minha mãe que decidiu formar outra família.

— Nossa... Eu lamento muito.

— Mas eu superei e ajudei a minha mãe a curar o vício, hoje estamos felizes.

— Seu pai nunca mais voltou? — A Alana perguntou, tristemente e sei que ela pensou na sua família.

— Não, e foi até melhor assim. — A vi baixar a cabeça e olhei a hora.

— Bem, galera. Eu preciso dormir, então vocês já podem ir embora. — Me despensei deles e os próprios nem ligaram.

— Você não tem amigos? — O Cole perguntou, e rolei os olhos.

— Não, bem, só um. — Ela respondeu, sorrindo e me olha. — O Justin. Ele é meu amigo. — Sentir um frio na barriga ao ouvi-la falando assim.

— Só amigo? — O Stryder perguntou com segundas intenções e me olhou, me fazendo fuzilá-lo.

— É. Ele me ajudou muito.

— Como? — Ele estava tentando me irritar porquê sabe que eu viro bicho quando isso acontece.

— Bem, ele me deu roupas pra vestir. Disse que eu poderia ficar na casa dele até eu conseguir um lugar pra ficar. Ah, também fez uma comida muito boa pra mim, me deixou usar seu banheiro e me deu essa outra camisa. — Ela falou de uma forma tão normal que os caras nem ligaram, simplesmente passaram a me olhar com segundas intenções. Ela era inocente demais, não se importou em falar disso. — E é isso que amigos fazem. Ajudam os outros. — Sorri com suas palavras e notej o olhar malicioso do Stryder sobre mim.

— Sei, mas tipo, amigos recompensam os outros, você pensa em recompensar o Justin? — Ela colocou o cabelo atrás da orelha e me olhou.

— Bem, mas como? — Travei o maxilar e me preparei pra explodir. Ele estava querendo me irritar e estava conseguindo.

— Tem...

— Stryder, acho melhor calar a boca, porque já está passando dos limites. — Me aproximei dele e falei neutramente.