Cap.25: Oceans

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P.O.V Alana Wires 21:05 p.m.

Uma dor imensurável consumia a minha cabeça e uma sensação de corte agonizante se alastrava por minhas costas. Eu ouvi um pedido de ajuda, de socorro. Era como se eu tivesse sentindo um ataque violento causado em outra pessoa, eu sentia que sim, alguém da minha espécie e próximo a mim havia sido atacado de forma cruel e bárbara.

Eu gritei como pedido de ajuda e na esperança de que alguém me ouvisse. Estava agoniada e queria correr na direção onde aquela dor me chamava. Doía, doía demais e estava me sufocando de forma asfixiante.

Naquele momento tudo o que fiz foi correr saindo dali o mais rápido possível. Corri pelas ruas na direção de onde aquele pedido de socorro vinha e como já pensava, era da direção da água.

O barulho das buzinas dos carros e do trânsito deixava tudo mais emocionante, as lágrimas quentes rolavam pelos meus olhos, minhas pernas se moviam rapidamente em cada passo largo que eu dava na tentativa de chegar o mais rápido possível no meu destino.

Foi quando avistei a praia logo a minha frente, acelerando os passos eu cheguei na areia olhando em volta dali diversas vezes, mas só conseguia ouvir o barulho das ondas ao meu lado.

Passei as mãos no rosto e na cabeça, lembrando por relance da Akira... Não, não podia ser.

Às pressas tirei a minha roupa e mergulhei na água, vendo a minha enorme cauda nascer tomando o lugar das minhas pernas, fazendo uma grande e larga barbatana se mover lentamente enquanto eu nadava cada vez mais rápido na direção do iate dela. Seria mais rápido de chegar.

P.O.V Justin Bieber 21:45 p.m.

A festa havia parado, literalmente todos os fones das caixas de som do Stryder foram estourados e estava todo mundo se perguntando o que tinha acontecido.

Muitos ainda estavam zonzos sentados na calçada da mansão por causa daquele barulho terrível. Admito que até meus ouvidos estavam com zumbidos, ouvia-se tudo muito longe mesmo que falassem perto de mim.

Vejo o Apolo voltar com uma expressão derrotada e se aproximou de mim gesticulando a cabeça negativamente.

— Achou ela?

— Não. Não tá por aqui. — Arregalei os olhos e passei as mãos nos cabelos. — Mas era ela. Aconteceu alguma coisa. — Fiquei pensativo e acabei lembrando da sua irmã, a Akira.

— A Akira. — Murmurei e o Apolo me olhou confuso. — Vamos a casa da sua irmã. — Juntos saímos de lá e fomos em direção ao cais.

Tinha certeza que ela estaria na casa da Akira, pois não se tinha outro lugar pra ela ir numa situação como essa. Bem, eu pensava.

O Apolo não dirigiu a palavra um minuto sequer até a casa da sua irmã mais velha. Confesso que fiquei surpreso, esperava pelo menos uma reação animadora dele. Sabia que o mesmo não tinha mantido contato com ela nos últimos dias.

— Posso te fazer uma pergunta? — Quebrei o silêncio assim que estacionei perto do cais.

— Já imagino o que é e não, não gosto da Akira. — Arregalei os olhos e ele simplesmente pulou do banco do carro para o lado de fora. Fiquei chocado, parecia uma macaco.

Apenas desci em seguida e notei o movimento calmo do cais aquela hora. Alguns barcos estavam acesos, certamente os donos estariam por lá, mas o iate da Akira na ponta do lado esquerdo estava escuro.

— Eu não tenho ela como irmã... — Acrescentou depois de um tempo. — Ela tentou me matar. — Enruguei a testa e me aproximei dele um pouco. — Não gosto da Alana gostar dela. A Alana é boa, mas Akira? É ruim. — Engoli a seco e suspirei.

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