Cap.6: Earth

580 57 162
                                        

Miami - FL

P.O.V Alana Wires 10:05 a.m.

Assim que entramos na casa do Justin fomos surpreendidos por aquela moça, a tal Cindy que adora pisar nas pessoas e se acha superior a todo mundo.

Ela estava sentada no sofá e usava uma roupa muito bonita. Aliás, ela toda era bonita, mas somente por fora porque por dentro era muito feia... E ruim.

O Justin ficou muito surpreso ao vê-la sentada e ficando de pé quando ele teve acesso a sala, tanto que se aproximou dela rapidamente, sorrindo.

— Cindy? Oi... — Ela me notou e trancou a cara, então tudo o que fez foi se aproximar dele também e lhe beijou na boca.

Me deu vontade de vomitar, que nojo.

Eca...

— O que faz aqui?

— Eu precisava saber como você tá. Fui no hospital ontem, passei a noite e nada de você acordar. Fiquei preocupada. — Enruguei a testa quando ela falou isso e fiquei confusa.

Por quê ela está mentindo pra ele? O tal médico que cuidou direitinho dele no hospital falou que ninguém havia visitado ele, nem o próprio pai.

Por quê as pessoas na terra adoram mentir? Tudo bem que esse povo todo já estão condenados, mas existem outros que não merecem nada disso...

— Ah... Valeu então. Eu não te vi. Acho que dormir demais. — Ele respondeu com um sorriso amarelo e em seguida olhou pra mim. — Bem, Cindy. Essa é a Alana. — Foi gentil e apenas fiquei olhando pra ela séria, diferente dela que me olhava com um desdém imenso.

— Amorzinho, eu quero ir te ver treinar hoje à tarde. — Falou ela, acariciando o rosto dele e o gesto seria fofo se viesse de alguém que tenha o coração bom e que gostasse dele de verdade.

— Sério?

— Sim, depois a gente pode ir jantar fora e depois dormirmos agarradinhos. O que me diz? — Ele ficou muito impressionado com suas palavras e concordou sem em menos de um segundo, o que significava que ela tinha total controle emocional dele.

E mais um motivo pra eu não gostar dela, é manipuladora e falsa. Ela gosta de enganar as pessoas...

— Claro, claro. A gente pode sim. Eu passo na sua casa. — Falou ele animado e ela sorriu, beijando ele novamente. Depois parou e olhou pra mim.

— Vem cá garota, você não tem o que fazer não? — Arqueei as sobrancelhas e neguei.

— Tenho não. E você? — Perguntei e ela rolou os olhos.

— Não tá vendo que tá sobrando aqui e que ninguém está te dando atenção? — Foi grossa comigo e eu não gostei não.

Será que ela agiria assim se me visse no meu modo de raiva? Hum... Aposto que não.

— Eu só saio daqui se ele pedir... — Me referi ao Justin. — Porque a casa é dele e não sua. — Vi que ele não gostou das minhas palavras.

— Que menina arrogante.

— Alana... — Ele se aproximou de mim e sorriu. — Pode subir pro quarto que te dei e tomar banho. Eu vou falar pra Marise te levar outra roupa. Já já iremos almoçar. Tá bom? — Foi educado e legal comigo, por isso concordei numa boa.

— Tá bom. — Saí da sala e fui em direção as enormes escadas que aquela casa possuía. Entrei no quarto que ele havia me dado e fui direto pro banheiro.

Calma, Alana. Você só precisa fazer tudo o que fez no outro dia. Hoje não terá maré baixa ou seja, minha cauda só iria aparecer caso eu quisesse. Então eu poderia tomar banho sem me preocupar com a bagunça que fiz outro dia no banheiro dele.

beyond the SeaOnde histórias criam vida. Descubra agora