Cap 9 - Cordeirinho

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Faz duas semanas que estamos em Los Angeles, duas longas semanas, cheguei à conclusão que o Andrew é bipolar, nessas duas semanas ele teve os piores acessos e agora olhando para aquele maldito teste, fico imaginando o que ele vai fazer quando descobrir, "Deus que tudo de certo, para mim e para esse presente que o Senhor me enviou" fiz uma prece em silencio, colocando a mão na minha barriga, Andrew entrou no quarto e eu escondi o exame.
— Ei Cris... — ele ia falar alguma coisa, mais percebeu a minha cara — tudo bem com você? — fiz que sim com a cabeça — Cristal...
— Eu estou bem Drew, só estou com saudades de casa... — eu queria sair dali principalmente agora que sou responsável por outra vida, o Andrew ainda é a pior pessoa do mundo.
Ele deu um sorriso irônico — pensei que aqui fosse a sua casa
— Pensou errado.
— Não seja atrevida Cristal.
— Você precisa se tratar sabia? — falei calma, mais logo me arrependi.
— Quer comer alguma coisa? — ele disse, mudando de assunto.
Bipolar, bufei — qualquer coisa — respondi — o que você ia dizer quando entrou aqui em?
— Semana que vem tem a festa do Cristian — ele me olhou serio.
— Você quer que eu vá?
— Você vai comigo Cristal.
— Esta de brincadeira com a minha cara não é?

— O Cristian não vai chegar perto de você Cris — os seus olhos expressavam uma certa culpa.
— Ok Andrew eu vou — bufei irritada.
***
Paramos em frente ao salão de festas, desça vez estavam entregando mascaras que cobria o rosto todo, escolhi a mascara branca e como já era esperado quando entrei me senti nos anos 50.
Eleanor nos encontrou — Sejam bem vindos.
Andrew sorriu — Eleanor somos nós — então ela me abraçou.
— Quem bom velos aqui — dei um sorriso cumprimentando-a com certeza ela não sabia o que tinha acontecido.
— Onde esta Cristian? — Eleanor fez uma careta.
— Deve estar no bar, vem comigo vocês dois quero apresentar-lhes uma pessoa — seguimos Eleanor. Ela parou uma moça de cabelos loiros extremamente elegante — Andrew, Cristal, essa é Pietra Devenport — ela deu um sorriso, me cumprimentou e quando se direcionou para o Andrew, o encarou, levantei uma sobrancelha e toda aquela simpatia que tinha sentido por ela esvaiu. Grudei na mão do Andrew e ele me olhou assustado, depois riu baixo.
— Isso é ciúmes querida? — ele falou para que só eu ouvisse. 
— Não seja tão prepotente Andrew — falei arrogante.
Ele deu uma risada rouca, depois se direcionou para Pietra — você é uma mulher encantadora — olhei para ele boquiaberta, "não brinque comigo Andrew" ah o que é isso Cristal, com ciúmes dele? Meu inconsciente me olhava com repulsa.
Me soltei da mão do Andrew e me afastei um pouco, logo um jovem veio ate mim — concede essa dança senhorita? — hum, por que não?
Dei um sorriso e fui com ele, — Qual é o seu nome? — ele perguntou assim que começamos a dançar.
— Acho melhor não falarmos nome ok? — ele deu uma risada jogando a cabeça para trás, aquela risada, mordi meus lábios, ignorando o aberto no coração.

— Eu acho que seu namorado não esta gostando muito da nossa dança — ele me grudou mais, apertando minha cintura.
— Ele não é meu namorado — disse rapidamente mais logo me arrependi.
— Oh, que pena... Para ele — ele levou a mão ate meu pescoço.
— E você tem namorada? — soltei sem pensar, tentando ignorar o choque que senti ao leve toque dele.
— Tinha uma noiva, que me deixou por... — ele parou no meio da frase, senti uma mão no meu ombro.
— Posso dançar com a minha mulher? — o rapaz fez uma pequena reverencia para mim.
— Fique a vontade — ele pegou minha mão e a beijou, por trás da mascara deveria se esconder um homem lindo.
— Quem disse que eu sou sua mulher Andrew? — perguntei com raiva.
— Eu.
— Não seja ridículo — me soltei dele e fui ate o bar.
Me sentei por lá e pedi um dose de absinto — uma bebida muito forte para uma donzela não acha?
Olhei para o lado e o tal rapaz estava lá — é o que todos dizem.
— Dançou rápido com o seu marido — ele falou irônico.
— Ele não é meu marido — fui rude.
— Alguma coisa ele é — ele pediu uma dose de absinto.
— Outra dose, por favor.
— Em alguns países o absinto é proibido, as pessoas tende as fazer coisas estupidas quando esta sob o efeito.
Tomei o meu — As pessoas fazem coisas estupidas estando sob o efeito ou não — olhei para ele — então por que não beber? — perguntei.

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