Revelações

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Eu o olho e deito na grama, ele faz o mesmo e ficamos somente olhando para o céu, por um momento esqueço de tudo e de todos, só queria fica ali olhando para o nada.

-Miguel, você não está mais sozinho. -Eu me aproximo dele, meu corpo reage a cada respiração dele, eu não pensava em nada, sinto a sua respiração ficando mais forte, meu coração batia tão alto que fiquei na dúvida que dava para ouvir, minhas borboletas do estômago parecida andorinhas, indo e vindo de um lado para o outro, me aproximei mais, ficando bem perto da sua boca e ele me olhava e sentir por um segundo que ele queria isso também, mas ele se afasta, e vira seu rosto para frente. Minha decepção foi enorme e nessa hora perdi minhas esperanças nele.

-Henrique, está na hora de voltamos. -Fiquei sem jeito, ele estava sério mas sua respiração ainda estava ofegante.

Eu não disse nada e só levantei, ele viu que eu estava magoado, rejeitado e me sentir um idiota.

Ele se levantou também e eu seguir pela trilha, ele me segurou pelo braço e eu virei.

-Não podemos! -Sua expressão era de tristeza, mas foi bem mascarada, eu somente fiz uma negativa com a cabeça.

-Não, não podemos mesmo.

Me soltei dele e fui para o carro, ele foi atrás de mim e eu entramos no carro e ele deu partida, no caminho ficamos em um silêncio que incomodava, não sabia o que dizer, fazer, estava sem jeito.

Ele ligou o som para abafar nossa frustração e a merda daquele aparelho tocou uma música romântica, sentir vontade de desligar, mas permaneci na minha, quieto.

Quando chegando na escola eu me despedi dele sem o olhar. Estava sim chateado, mas o que eu poderia esperar?

Quando entrei no meu quarto levo um susto enorme. Tudo estava bagunçado, quebrado, as minha coisas m e do Matheus estavam todas no chão, olhei para cama dele e o vi deitado com a cabeça embaixo do travesseiro, ele viu eu chegar e levantou feroz e me pressionou na parede do quarto.

Seu hálito estava mais forte ainda de álcool, ele não conseguia ficar com os olhos muito aberto e eu me assustei com sua atitude.

-Me dar um motivo para eu não quebrar sua cara? -Ele falava entre os dentes e com a voz alterada.

-Você está louco? O que você está fazendo? Me solta? -Eu conseguir tirar seus braços dos meus ombros, não foi tão difícil devido a sua situação.

-O que aconteceu? Por que você está assim? -Eu tentei me afastar o máximo possível dele, não que eu não conseguisse me defender, mas não queria usar força bruta com ele.

-Me diz você, me diz porque você não me falou que aquela vadia e aquele filha da puta estavam me traindo? -Ele cuspia as palavras, sés olhos era duas bolas vermelha de raiva.

Como ele soube? Eu não sabia o que falar para ele, merda, eu tinha que ter contado.

-Eu tentei, hoje, mas... -Eu tentei me explicar mais sabia que não exista explicação.

-Você teve a chance todos esses dias, e hoje quando eu te pedi. Mas você me fez de trouxa como todos, me traiu e escondeu isso de mim. Quanto tempo você sabia disso? Ei? -Ele veio para cima de mim de novo só que dessa vez eu o segurei por que ele tropeçou e ia cair no chão, não aguentei o peso dele e ficamos ajoelhado no chão junto.

-Por que você fez isso comigo? -Ele começou a chorar. -Por que fizeram isso, eu sempre fui sincero com ela, dei tudo que ela queria, ele sempre teve minha amizade, eu era capaz de matar por eles. Me diz Henrique, por que ?

O Herdeiro do Tráfico Onde histórias criam vida. Descubra agora