O vizinho do lado

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21:40

Chegamos na festa e estava tudo decorado de uma forma bem chique, do jeito que a minha mãe gosta. Ela deve estar adorando tudo isso e eu fico feliz por ela.

- Eu vou é comer, estou morrendo de fome.

- Quando é que não está, não é mesmo? - mandei um olhar mortal para a Bruna, mesmo sabendo que ela tinha razão

Felipe me acompanhou até á parte onde tinha comida e começamos a falar.

- Então, está muito nervoso por vim viver aqui?

- Ah, um pouco. Mas eu acho que é normal, não?

- Acho que sim, nunca me aconteceu - dei uma risada de leve - quando é que começam as suas aulas?

- Na segunda.

Continuamos a falar até que o meu pai nos chamou para a pista de dança, por isso é que minha mãe queria que fôssemos em pares, eu não sei dançar essas danças todas românticas não, vou acabar por pisar o pé de alguém e cair de cara no chão.

Ai meu deus.

Os meninos se juntaram a nós e eu fiquei com o Felipe, a Mari com o Miguel, o Lucas com a Bruna e o Matheus com a Gabriella.

- A gente tá dançando porque mesmo?

- Também não sei Matheus.

Do nada começou a tocar "Give me love" do Ed Sheeran.

Estou a ver que vou deprimir aqui no meio da pista.

O Felipe pôs uma mão na minha cintura e com a outra juntou as nossas mãos, a minha outra mão estava no ombro dele, como o resto das pessoas.

- Me desculpa se não sei dançar. - ele sussurrou.

- Tudo bem, não é o único.

Estão vendo aquela cena do The vampire diaries onde o Damon dança com a Elena no Miss Mystic Falls? Pois, estou me sentindo dentro dela.

'Eles sabiam dançar, você não'

Chegou aquela parte em que as pessoas trocam de par e eu estava quase quase indo em direção ao Lucas, mas isso não ia acontecer. Puxei a mão do Miguel e continuei dançando com ele e Lucas me encarou, como se tivesse parado no tempo. Ele é estranho, né?

- Eu vi essa troca de olhares, nem vou dizer nada.

Sem querer (ou de propósito), pisei no pé dele.

- Porra. Tem cuidado.

- É por sua causa que o Matheus anda vendo coisas onde elas não existem?

- O que você disse?

- Nada não.

Ele me pisou e mandou um sorrisinho. Filho da puta.

- Vai cuidar da sua namorada, vai.

- Por falar nisso, fizemos um mês faz pouco tempo.

- Lembra quando éramos mais novos e apostamos em quem ia ser o último a namorar ? A gente apostou tudo em como ia ser você. - ele riu.

- Ah Larissa, nos apaixonamos quando menos esperamos. Não dá para escolher esse tipo de coisa.

- Se bem que era bom escolher isso. - sorri.

- Sei que sim. - me deu um beijo na testa e a música acabou.

Fui em direção á porta para apanhar um pouco de ar, estava morrendo de calor.