Capítulo 1

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Ano de 1940, Pohang, Coréia do Sul...

Choi Jiwoo:- Você não vai negociar minha filha!

Sang-Joong:- É um casamento e não uma venda! Deixe de ser melodramática!

Choi Jiwoo:- Ela só tem vinte e um anos! E mal conhece esse homem! Não vai fazê-la se casar a força! Já basta fazer da minha vida um inferno, não mexa com a minha filha!

Ela lhe deu as costas, pronta para deixar a sala. Sang-Joong agarrou a esposa pelas costas, fechando a porta. Ninguém viu o que aconteceu dentro do cômodo, e quando ele abriu a porta novamente a mulher estava no chão e já não se mexia. Uma poça de sangue estava a volta do pescoço dela.

Um grito agudo foi ouvido do corredor em frente à porta. S/N estancou depois de gritar, imóvel pelo choque e a presença dela atraiu os olhares de dois dos empregados de seu padrasto, que estavam no hall de entrada.

Sang-Joong se voltou para ela enquanto S/N corria aos prantos para o lado da mãe, tocando o corpo inerte com as mãos trêmulas. Os gritos e o choro da moça irritando o homem.

S/N:- Omma! Por favor, fala comigo! Omma, reage, por favor! - implorava soluçando de desespero. - Alguém busque ajuda, por favor!

Sang-Joong ordenou aos seus funcionários:

Sang-Joong:- Wonho traga S/N conosco e você, I.M., limpe essa bagunça.

O homem virou-se e foi em direção de seu escritório. Wonho agarrou S/N pela cintura e a arrastou seguindo o chefe. Ela começou a gritar e espernear e o rapaz tapou sua boca com a mão, apertando o braço em torno dela, fazendo-a ofegar de dor.

S/N estava muito pálida, o terror estampado no rosto bonito. Wonho a empurrou para entrar no escritório de seu padrasto. Kim Sang-Joong bateu na sua mesa enquanto gritava:

Sang-Joong:- Maldita!

Ao vê-los o padrasto se sentou na cadeira confortável. S/N o encarava incrédula, ainda segura pelo empregado dele.

Sang-Joong:- Que diabos ela faz aqui? - gritou furioso, passando as mãos pelos cabelos. - Ela supostamente devia estar na faculdade!

S/N:- Você matou minha mãe... - ela sussurrou quando o empregado destapou sua boca.

Wonho:- Eu a deixei na faculdade, senhor. Não sei o que faz em casa a essa hora. - o rapaz parecia apavorado. - O que faremos com ela, senhor?

Sang-Joong se levantou de sua mesa e foi até o pequeno bar, serviu meio copo de uma bebida e tomou de um só gole. Ele então olhou para S/N, que parecia em choque.

Sang-Joong:- Eu não sei. Mas deve haver alguma coisa que possa fazer.

S/N:- Maldito! - ela finalmente conseguiu gritar.

O empregado tapou a boca dela novamente.

Sang-Joong:- Você é linda demais para morrer. Mas agora sabe demais...

S/N:- Não! Por favor, não!

Ele se voltou para o empregado.

Sang-Joong:- Ligue para Jisub. Acredito que irei agradá-lo desta vez. Uma estudante doce e virgem custa muito caro. Sim. Jisub vai ficar muito feliz, está me pedindo por ela há anos.

S/N:- Não!

S/N gritou, mas um dos empregados a atingiu com um golpe na nuca e ela acabou perdendo os sentidos, caindo desacordada no sofá do escritório.

Wonho:- Vai mesmo negociá-la, senhor? Como fará com que ela fique de boca calada sobre a morte da mãe?

Sang-Joong:- Não vou perder meu tempo com isso. Use-a, mate-a e se livre do corpo durante a viagem a Busan. Vou registrar que o caixão leva os restos mortais de meu pai. Não se preocupem com a papelada.

Blood betrayalOnde histórias criam vida. Descubra agora