Capítulo 10

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Taehyung apoiou o amigo ferido no colo de Hyungwon e correu até S/N. Ele puxou a cabeça dela para seu colo, arrancou a cruz de seu pescoço, jogando-a longe e acariciou os cabelos dela. Suas mãos rapidamente ficaram cheias de sangue. O rosto dela estava pálido, os lábios entreabertos e os olhos fechados.

Taehyung:- Não... não... não... – ele sussurrava chorando. – Por que você não se escondeu como pedi, meu amor? Por que? – falava com ela mesmo desacordada.

O rapaz mais velho se aproximou e examinou o ferimento na cabeça dela.

Donghae:- Não temos como estancar essa hemorragia e o crânio foi fraturado. Ela vai morrer se não for operada às pressas.

Taehyung:- Eu não posso perdê-la... – ele se voltou para o pai, os olhos vermelhos faiscando. – Maldito! Você sempre me tirou tudo o que eu mais amei! Tudo! Por que? – gritou em prantos.

Sang-Joong:- Eliminem as testemunhas. – ordenou aos empregados e ao casal que assistia a tudo sem reação, ignorando o filho. – Eu cuido de Taehyung.

A ordem finalmente pareceu tirá-los do transe. Os empregados recuaram, não querendo obedecer a uma ordem tão absurda. Sang-Joong os encarou furioso.

Shownu:- Por favor, senhor! Não queremos matar ninguém!

Jooheon:- Não posso fazer isso...

Sang-Joong:- Ou eles morrem, ou vocês! – ameaçou. – Escolham!

Shownu:- Não!

Sang-Joong avançou para cima dos empregados, mas antes que se aproximasse a moça se postou na frente dele.

Sang-Joong:- Saia da minha frente, Solar! O que pensa que está fazendo? – ele de repente sorriu. – Já sei... quer matar você mesma? Vá em frente.

Donghae:- Não viemos para isso.

Sang-Joong:- Sei que não, mas já que estão aqui, me ajudem!

Donghae:- Não viemos ajudá-lo.

Solar:- Viemos impedi-lo, meu pai.

O pai os encarou, chocado. Taehyung se mantinha abraçando o corpo de S/N, sem saber o que fazer. Seu mundo estava ruindo e ele só conseguia pensar que iria perdê-la. Os batimentos cardíacos da moça estavam enfraquecendo e ele sabia que precisava salvar os demais.

Sang-Joong:- Pare de palhaçada e acabem logo com eles.

Solar:- Não! Já chega! Chega de mortes, chega de sangue sendo espalhado sem motivo!

Kihyun:- Vão embora! – gritou apontando um arco munido com uma estaca de madeira na ponta. – Não são bem vindos aqui! Apenas o nosso senhor Kim tem nossa permissão para ficar nessas terras.

Sang-Joong:- Moleque atrevido...

Taehyung viu quando o pai atacou o rapaz, rasgando seu ombro com as unhas. Kihyun se encolheu com um grito de dor, mas sem soltar a arma que segurava. O vampiro lambeu a mão com o sangue do rapaz e sorriu cínico.

Sang-Joong:- Seu sangue é doce, meu jovem.

Antes que o pai atacasse novamente Taehyung apoiou com cuidado a cabeça de S/N no chão e correu, colocando-se entre seu pai e Kihyun. Solar correu até S/N, ergueu-a no colo e a levou para dentro da cabana.

Taehyung:- Já chega! Não vou deixar que machuque mais ninguém... nem que seja a última coisa que eu faça. – sussurrou com raiva, encarando a única pessoa que já odiara em toda a sua vida.

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