Park Jimin — Vilarejo de Yrasan
Jardins do castelo.
1476— Ora, quem é esse pequeno garotinho?
Jimin arregalou um pouco os olhos, trazendo as mãos fechadinhas para o próprio peito, sabia que não deveria estar ali e que sua mãe o tinha levado contra as ordens do rei. Uma mulher bem vestida, trajando um vestido azul próximo a cor do céu e cheia de adereços nos cabelos e dedos se aproximou de si, se abaixando a sua frente.
— Olá — Naeun disse baixinho, o sorriso bonito nos lábios. Jimin a olhava bobo, nunca tinha visto tantos adereços brilhantes em toda a vida — Qual é o seu nome?
— Jimin! — O pequeno ruivinho levantou os olhos para encontrar sua mãe, se aproximando com rapidez — Eu sinto muito, majestade.
— É seu filho? — Naeun levantou os olhos para a criada que colocava as mãos sobre a pequena cabecinha de Jimin, protegida por um chapéu marrom.
— É sim, senhora.
A rainha sorriu aberto para a criada até que olhasse novamente para Jimin, as mãos sob os joelhos enquanto agachada. Jimin ainda olhava para cada anel e as pedras coloridas decoradas nos dedos.
— Gostou deles, Jimin-ah? — Naeun sorriu, tirando um pequeno anel do mindinho e o mostrando para o garotinho — Quantos anos você tem?
O pequeno ruivo levantou o rosto para a mãe, buscando pela aprovação que logo veio com um balançar de cabeça. Logo esticou cinco dedinhos da mão direita.
— Cinco anos? Você já é um mocinho! Com as pequenas bochechas de um bebê — A rainha não se demorou a levar os dedos para a bochecha rosada do garotinho, em seguida fazendo cócegas no pescoço. Jimin riu aberto, gargalhando como um bebê, a voz fina e delicada e uma pequena falha nos dois dentes da frente.
— Eu sinto muito por isso, majestade. Jimin gosta muito de flores e da natureza, o jardim é o mais próximo que ele já esteve de tudo que ele gosta. Eu não o trarei mais, vossa graça.
— Não diga isso, o traga mais vezes, e sempre que ele quiser. Você quer aprender um pouco sobre flores, Jimin? — O pequeno garotinho balançou a cabeça positivamente, as mãozinhas próximas ao peito novamente — Não devemos ficar longe das coisas que gostamos. Não quer se juntar a nós?
— Eu não devo, eu o levaria para casa agora, majestade. Devo cuidar de alguns preparativos da ala norte — Jimin levantou o rosto para observar a mãe levemente corada, os cabelos presos dentro do adereço de cabeça usado pelas empregadas.
— Pode deixá-lo comigo, nós nos divertiremos pelos jardins, não é, Jimin? — Naeun disse sorrindo, balançando o quadril do menino para os lados, Jimin sorriu de novo — Eu me sinto tão sozinha quando meu menino está com o pai.
— Tudo bem, majestade — O pequeno menino escutou sua mãe dizer, baixo — Eu não demorarei a o buscar. Perdão, novamente, vossa graça.
O menino logo observou sua mãe andar para a grande entrada do castelo novamente, as mãos em frente ao corpo e o andar rápido. Ela olhou para trás uma vez e sorriu contido antes de se apressar novamente.
— Sabe que flores são essas, Jimin? — A rainha perguntou, passando as mãos pelas pétalas de uma flor branca próxima aos dois. O pequeno menino balançou a cabeça negativamente — Essa é uma camélia, venha, toque-a. Sinta como é macia.
Jimin levou uma das mãos pequenas até as pétalas brancas, incerto de como seria a sensação. Assustou-se um pouco ao sentir a textura suave, quase como de um tecido. Desceu a pequena mão até o caule verde, de textura grossa.
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As Terras do Trigo ✹ Jikook
RomanceHá muito tempo, terras distantes enfrentavam a grande praga da época: Bruxas. Donas de cabelos alaranjados, levando a cor do tinhoso consigo, acatavam as ordens de seu criador. Eram agentes do caos. Era assim que a lenda dizia. Caçado desde jovem p...