DOZE

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Alícia corria por uma rua deserta de Laguna Beach, estava noite, algo tenebroso a perseguia, ela não sabia o que era, mas sabia que era algo muito ruim. Já estava exausta, ofegante, coração acelerado, não aguentava mais correr, dobrou a esquina e deu de encontro a uma rua sem saída, o pavor tomou conta de seu corpo. Escutava tilintar de botas, como de uma tropa de combate marchando. O barulho cada vez ficava mais próximo. Aos prantos se jogou no chão.

Eles viraram a esquina e ela pode constatar do que se tratava, era uma tropa de pleiadianos, esses eram diferentes, pois vestiam roupas pretas. A sensação de Alícia era a pior, bem em seu íntimo ela sabia que aquela tropa era de fuzilamento.

Um deles, o primeiro, o que parecia o comandante apontava uma arma sofisticada para ela e escondia o rosto com uma espécie de capacete.

- Finalmente te capturei Mitra a rebelde - retirou o capacete, era... Seleto? Sim, era Seleto - Eu vou te matar!
                       [...]

De repente Alícia acorda num susto, num pulo.

- Xiu... calma minha linda. O que houve? - Seleto me despertou de um sonho ruim.

- Eu sonhei com você, você me chamava de Mitra a rebelde.

- Eu tenho que te contar algo - Disse Seleto taciturno - há algum tempo você era realmente essa Mitra a rebelde, você fazia parte da resistência, você era a líder dos rebeldes e eu a capturei realmente.

- Como não consigo me lembrar de nada disso? Você realmente ia me matar? Eu sabia que vocês pleiadianos não eram confiáveis! - Alícia gritou descontrolada e tremendo.

- Alícia, eu te amo, eu não entendia antes o que era todo esse sentimento, mas agora entendo, eu te amo.

- Eu não acredito em você! - Alícia gritou - se me ama então devolva todas minhas memórias e me deixa ir embora! - gritava descontrolada, saindo da cama num salto.

- Você é minha, nunca vou deixá-la ir embora! - Seleto gritou de volta, estavam em uma discussão como um casal humano normal, o que não eram.

Alícia saiu rapidamente do quarto e logo da residência, e queria sair da nave.

Naquele momento ela considerou o fato de continuar sendo uma prisioneira.

Caindo sobre os joelhos na rua da ala nupcial perto da fonte. Chorava, chorava muito, de soluçar, até o nariz e olhos ficarem vermelhos e a cabeça doer.

Se deu por vencida.

Todas suas memórias voltaram como uma pancada em sua cabeça.

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