Sete

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Finalmente, eu era dele. Somente dele. O peso dessa verdade me atingia como um choque, uma revelação que pulsava em cada célula do meu corpo. Eu não podia acreditar. Seleto, meu maior inimigo, aquele que tantas vezes fora o centro dos meus medos, agora era também meu refúgio. Meu tormento e minha salvação. Meu algoz e meu desejo. Pertencia a ele, de corpo e alma, em um laço que ia além da razão.

Seu toque era intenso, quase reverente, e eu sentia a hesitação em seus gestos, como se temesse me ferir. Sua respiração estava irregular, e no silêncio que nos envolvia, sua voz rompeu como um sussurro carregado de cuidado.

— Se eu estiver te machucando, pode me falar — murmurou, com um tom entrecortado, carregado de algo que eu não esperava ver nele: vulnerabilidade.

Eu fechei os olhos por um instante, tentando recuperar o fôlego, tentando encontrar palavras que fossem verdadeiras. Meu corpo ainda tremia, não de dor, mas de algo muito maior.

— Você não está me machucando... — minha voz saiu falha, quase inaudível. — Doeu um pouco no início, mas agora... agora estou bem.

A última frase veio como um sopro, carregada de uma entrega absoluta. Meus olhos encontraram os dele, e o universo pareceu se dobrar sobre si mesmo. Não havia mais inimigo. Não havia mais barreiras. Só existíamos nós.

As investidas de Seleto, que começaram suaves, ganharam intensidade, começaram a ficar mais fortes em estocadas profundas, como se cada movimento carregasse a força de um universo inteiro. Meu corpo reagia de maneiras que eu nunca havia experimentado antes, um misto de vulnerabilidade e entrega total.
Minhas pernas perderam as forças e ficaram trêmulas, senti minha vagina se contrair e apertar o membro de Seleto, que também começou a pulsar dentro de mim, eu o sentia inteiramente dentro de mim, liberando um jato morno.

Naquele momento ambos éramos  incapazes de sustentar o peso das emoções e sensações que nos atravessavam.

Eu sentia cada gesto, cada toque, como se ele estivesse gravando sua presença em minha alma. O calor que emanava dele parecia envolver tudo ao nosso redor, tornando o mundo lá fora irrelevante. Era como se estivéssemos suspensos em um momento que não pertencia ao tempo.

— Garota, você é única... — murmurou Seleto, sua voz rouca e carregada de algo que eu não conseguia nomear, mas que fazia meu coração disparar. — Você é minha, daqui para frente e para sempre.

Seus olhos encontraram os meus, e naquele instante, não havia mais barreiras, apenas a certeza de que algo profundo e irrevogável havia se formado entre nós.

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