TREZE

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Seleto a buscou, levando Alícia novamente a seus aposentos.
Alícia estava em silêncio total repassando todas suas lembranças, estava em choque, tentando chegar a uma conclusão lógica de porque ter se apaixonado por seu maior inimigo.

Tudo que pensava nesse momento era em fugir.

Seleto sentou-se na cama e manteve Alícia em seu colo como se a estivesse ninando.

- Eu me lembro de tudo Seleto. - Alícia falou de repente, quebrando o silêncio na vastidão do quarto escuro.

Seleto ficou atônito, sem reação.

- Eu quero ir embora, aqui eu não passo de uma prisioneira.

Lágrimas desciam pela primeira vez dos olhos de Seleto.

O mesmo estava assustada por estar chorando pela primeira vez em toda sua existência.

- Eu te amo, Alícia. Por favor não me deixe. - Disse Seleto.

- Me ama? Então me deixe ir embora e devolva minha família. - respondeu Alícia, começando a chorar também.

Levantou-se do colo de Seleto e começou a caminhar sempre em sentido da saída.

Seleto ficou consternado. Enquanto Alícia cada vez se distanciava mais.

Como ela já tinha livre acesso a tudo. Saiu da ala nupcial. Desceu pelo elevador até chegar no local onde ficavam as aeronaves.

Os guardas entraram em contato com Seleto a fim de uma posição sobre a situação.

- Comandante Seleto, ela está indo embora da nave matriz.

- Deixe-a ir. - Respondeu Seleto, apertando o colchão da cama na qual estava sentado atônito, com as lágrimas descendo compulsoriamente.

- Então isso é o amor? Isso é amar? - Perguntou retoricamente, enquanto secava as lágrimas com as costas de uma das mãos.


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