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Toco na porta antes de abrir e lá estava ele, olhando atentamente para um trabalho em suas mãos. Depois de algum tempo Antony direciona o olhar para mim que ainda estava parada no mesmo lugar. Sinto meu corpo vibrar no mesmo instante em que seus olhos param sobre os meus.

- Vai ficar aí parada em frente a porta mesmo? - Antony pergunta, me tirando dos meus devaneios.

Me sento um pouco distante dele, já que perdia meus sentidos lógicos quando ele estava próximo. Coloco minha mochila no chão e fico olhando para as minhas mãos sobre a mesa, sem saber o que fazer ou falar.

- Precisamos conversar. - Ele diz autoritário. Paro de olhar para minhas mãos e direciono o olhar para ele, que me analisava.

- Sim, precisamos. - Tento responder em um tom autoritário, mas falho e acaba saindo como um sussurro aquelas palavras.

- Temos 30 minutos antes da aula de reforço começar na sala de sociologia. E você terá que me ajudar nessas aulas de reforço, nas terças e Quintas feiras, faz parte do castigo do senhor Cabrini.

Ótimo, era o que me faltava.

- Que incrível. - Ironizo.

- Vamos ao que interessa no momento. Eu sei o que você quer.

- E o que eu quero, professor Antony? - Interrompi ele.

- Você quer o que todo mundo quer, você quer um amor que te consuma, você quer paixão e aventura, e até um pouco de perigo, quer alguém que tire da vida monótona, quer sentir algo que seja verdadeiramente intenso. - Ele diz olhando para um ponto fixo da parede e seguidamente me olhou. - Mas eu não posso te dar isso.

- Eu não sou todo mundo e mesmo se eu quisesse tudo isso que você disse, como tem tanta certeza que seria especialmente com você? - Pergunto e lanço um olhar desafiador e Antony me devolve o olhar na mesma intensidade.

- Está estampado em seu olhar, Mendes, eles não mentem nunca.

No fundo eu sei que realmente queria viver tudo isso com alguém, mas não iria admitir isso, não pra ele.

- Sinto em lhe informar, mas você está errado. - Antony levanta da onde estava sentado e se senta ao meu lado.

Meu coração dispara e sinto minha boca secar.

- Mas vamos ao que interessa não é mesmo? - Me viro, ficando de frente para ele. Ele coloca uma mecha do meu cabelo que estava em meu rosto atrás da minha orelha. Me arrepio com aquele breve toque. - Precisamos colocar os pingos nos is.

- Sim, precisamos. - Limpo a garganta e ajeito minha postura, não deixaria ele pensar que tem algum domínio sobre mim, por mais que meu corpo me deixe na mão apenas com o toque dele.

- por mais que você diga que estou errado pelas coisas que eu disse, no fundo você sabe que está tentando enganar a si mesmo. Você merece sim viver algo intenso, mas com um adolescente qualquer de sua idade. Eu sou seu professor, essa situação não pode se repetir novamente, é o seu futuro e meu emprego que está em jogo aqui, não fiz anos de faculdade e passei noites em claro para jogar tudo isso no lixo por causa de uma aluna. - Ele levanta, passa a mão no cabelo e caminha ficando próximo a porta.

- você está certo, professor Antony. Eu nunca faria algo que pudesse colocar o seu emprego em jogo. - Pego minha mochila que estava no chão e levanto. - Foi só um beijo, e ele deve ser esquecido por nós dois.

- Obrigado por concordar comigo, isso não irá se repetir. Tudo o que houve fica somente entre nós dois, tudo bem?

- Não irá se repetir, esse assunto morre aqui e relaxa, ninguém vai saber sobre isso. Bom, até daqui a pouco professor Antony. - Digo e caminho para a porta em passos rápidos, passando por Antony.

Sinto ele segurar meu pulso levemente e me puxar para si.

Sinto ele segurar meu pulso levemente e me puxar para si

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- Porra garota, eu estou muito fodido. - Diz e me beija.

No começo eu reluto um pouco, mas segundos depois eu acabo cedendo o beijo. Me sinto completamente acesa quando suas língua desliza para dentro da minha boca, um beijo calmo, mas possuía uma certa urgência. Minutos atrás dizemos que isso não iria se repetir e estamos aqui contrariando tudo. Encerramos o beijo e eu encosto a minha testa na dele, colocando minhas mãos em seu rosto, enquanto nossas respirações tomavam o ritmo normal.

- Queria dizer que sinto muito, mas não sinto. - Antony diz.

Faço um breve carinho em seu rosto e saiu da sala sem dizer nada. Me encosto na porta em que eu acabei de fechar e sorrio. Tento entender o que de fato está acontecendo, meus sentimentos estão confusos, não sei o que viria pela frente, mas de uma coisa eu tenho certeza, Antony Somerhalder será o motivo da minha perdição pelo resto do ano.

...

Olá leitores exatos para mim, passando aqui para deixar um recadinho breve, não postarei capítulo novo durante uma semana provavelmente, o motivo é que preciso estudar para um trabalho da escola. Então espero que não desista do tio Antony e da senhorita Mendes e até o próximo capítulo. Não esqueçam das estrelinhas e de comentar o que estão achando.



O Professor EXato Para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora