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As aulas pela manhã foram tediosas, até a aula de filosofia, que era uma das minhas matérias favoritas foi uma droga.
Guardo meu caderno de desenho dentro da minha mochila após a última aula se findar e sigo para o lugar que costumou ser o meu misto de inferno e paraíso pessoal nas duas últimas semanas.

Ao adentrar a sala dos professores me deparo com a mesma vazia, estranho, pois Antony Somerhalder sempre era pontual.
Aproveito que ele não havia chegado e me sento em uma das cadeiras daquela imensa mesa, retiro da minha mochila a carta de inscrição da UNICS que chegou está manhã antes de eu vir para o colégio. Rasgo o envelope branco sem cerimônia e fico um pouco surpresa ao pegar a carta, a qualidade era impressionante, espesso e levemente textualizado. Estava escrito no canto superior direito "UNICS" com letras douradas e abaixo tinha diversas perguntas pessoais. Peguei uma caneta e comecei a preencher nome, idade e alguns contatos pessoais.

- Não sabia que você queria seguir o ramo da sociologia! - Me assunto ao deparar que Antony estava em pé atrás de mim analisando a folha sobre a mesa. Respiro fundo tentando controlar a respiração que estava auterada por conta do susto.

- Existe muita coisa que não sabe sobre mim, professor. - Suspirei. Dobro a carta e guardo dentro do envelope que estava rasgado na parte de cima.

- De fato. - Ele murmura e senta a minha frente. Deixando sua bolsa carteiro sobre a mesa. Analiso cada movimento seu, o seu corpo parecia ter domínio sobre meus olhos e por mais que a minha vontade fosse não olhar tanto, eu não conseguia, me sentia hipnotizada. - Por exemplo, não sabia que você tinha namorado. - Ele me fitava.

- Namorado? - Perguntei sem entender.

- A qual é, aquele garoto que estava abraçado com você no corredor não era o seu namorado? - Perguntou ironicamente. Talvez ele não tenha percebido que aquele garoto se tratava do Guilherme. - Sugiro que me conte a verdade.

Ele realmente está achando que eu devo alguma explicação sobre a minha vida?

- E eu sugiro que você pare de ser curioso, nós não temos nada. - Aponto para mim e para ele. Estava lutando para não transparecer meu nervosismo.

- Eu me lembro muito bem de como você estava entregue aos meus toques e do quanto deu a entender que queria mais do que aquilo. - Ele me lança um sorriso desafiante, encarando minha boca no processo. -Então não venha me dizer que não temos nada. Até porque não precisa dizer o óbvio, nunca teremos nada porque eu não quero ter nada com você. - Cuspiu aquelas palavras bruscamente.

Senti uma pontada em meu peito com aquelas palavras. Mas não iria demostrar que aquilo mexeu comigo de alguma forma.

- Tem certeza que não? - Perguntei e sorri alto. Iria entrar no joguinho dele. - Não pareceu que você não queria nada quando estava me prensando naquela porta e dedilhando cada parte do meu corpo. - O que eu acabei de dizer? Meu Deus, o que esse homem está fazendo com a minha mente.

- Mendes, Mendes, você não é tão Santa quanto parece. De fato eu queria uma coisa sim. - Soltou um sorriso galanteador. - Satisfazer o me ego.

- Me responda o porquê de está se importando tanto com a minha vida amorosa? - Pergunto mudando de assunto. Eu estava começando a ficar nervosa e qualquer um que entrasse nessa sala poderia sentir a tenção que havia entre nós.

- Eu não me importo Mendes. - Ele me encarava e eu retribuía na mesma intensidade, mas sentia que a qualquer momento eu quebraria toda aquele consolidação.. - Só acho errado que o garoto não saiba que você gosta de caras mais velhos.

- Com licença, senhor Somerhalder. - Escuto uma voz familiar um pouco distante e sinto o meu corpo oscilar.

Me viro e encontro Luana encostada no batente da porta.

- Sim? - Ele perguntou olhando para Luana. Sua expressão que antes era desafiadora, agora estava tranquila.

- O meu pai está precisando da sua ajuda lá na direção. - Ela responde e sua voz sai mais melancólica do que o normal.

- Obrigado por avisar. Em dez minutos estou lá.

- Tudo bem. - Ela me encarou e saiu.

Todo aquele espírito afrontoso e perverso que havia em mim, tinha acabado de se esvair, será que Luana escutou algo?

- Você está dispensada. Pode ir agora.

Me levanto, pegando minha mochila e a carta. Sigo para a porta.

- Espero que não arrume mais brigas, não nas minhas aulas. - Me viro e encaro Antony que estava em pé com a sua bolsa em seu ombro. Vejo uma luz vermelha piscar um pouco acima dele. Sinto um calafrio percorrer toda a minha espinha. Havia algo grudado na parede, algo que eu tinha esquecido completamente que existia e poderia acabar com o meu futuro não só acadêmico de vez, havia uma câmera ali.
Saiu apressadamente da escola e me sinto completamente ferrada, não sabia o que fazer, automaticamente, duas pessoas surgem em minha mente e que me ajudariam nisso, eles me ajudariam até a enterrar um corpo caso eu matasse alguém... Marcos e Verônica. Eles tinham que me ajudar a resolver essa situação.

Olá leitores exatos para mim. Comentem o que estão achando da história, toda crítica construtiva é bem vinda. Beijos e até o próximo capítulo.

O Professor EXato Para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora