o passado volta a tona

Capitulo treze - papai?

Recapitulando...

A campainha toca, olho o relógio e vi que era mais de sete horas da noite

Karol: Quem é o doido que esta na chuva? – me levanto e olho no olho mágico não vejo nada, por instinto pego minha arma e abro a porta devagar, mas só vejo uma criança

X: Oi, o meu pai esta ai?

Karol: O seu o que?

X: Meu pai, o Ruggero – sinto meu queixo cair, como assim o Pasquarelli tinha uma filha?

...

Karol: Entra, está chovendo – ela encarava minha arma – me desculpe – guardei a arma e ela entra observando os quadros na parede, talvez não entendendo nada, era arte abstrata Maze adora arte abstrata. A menina tinha aparentemente quatro anos, era loira natural, tinha os olhos verdes, os olhos do Ruggero, pra idade dela ela era um pouco mais baixa, talvez a mãe seja baixa. Ela carregava um colar no pescoço, um colar com a estrela de Israel. Estava com uma calça de moletom e uma blusa do my little pony, obviamente encharcadas por conta da chuva

Ela percebeu que eu a olhava e ela parou de observar as paredes

X: Desculpe, eu não queria incomodá-la

Karol: Não, não, não, você não esta incomodando – falo rápido percebendo que estava assustando ela – venha cá, vou te emprestar roupas quentes

X: Eu quero meu pai – ela tinha um olhar pidão, não podia negar

Karol: Eu vou te mostrar, mas antes precisa se aquecer, ou vai ficar doente – ela começa a tremer de frio então tiro a minha blusa e dou para ela – é um pouco grande, mas vai te aquecer – sorrio simpática

X: Eu adorei sua blusa – ela diz enquanto coloco a blusa nela – a sua casa também

Karol: Na verdade, essa não é minha casa, é de uma amiga – me levanto – venha vou ta dar um banho ok? – ela assente com a cabeça, a pego no colo e quando passamos pela sala vê Ruggero dormindo

X: Papai ta dormindo?

Karol: Esta, ele teve um dia cheio – paro e ficamos encarando ele, depois de um tempo subi com ela para o quarto. No andar de baixo tinha o banheiro de visitas, mas eu senti algo por ela, um carinho enorme, e apensar de não estar acreditando, ela parecia muito ser a filha dele.

Karol: Bom – falo ao entrar no quarto – depois se quiser te mostro o resto da casa, mas esse daqui é meu quarto e ali fica o banheiro

X: Tem um banheiro no seu quarto?

Karol: Sim, e também tem um guarda-roupa enorme

X: Sério?

Karol: Uhum – a coloco no chão e mostro o closet para ela

X: Nossa tudo isso é seu? - ela fala olhando cada centímetro do closet

Karol: Não tudo, só essa parte aqui – aponto para ela uma parte do closet, como já estava a quase um mês na Rússia, Maze e Valu mandaram mais algumas roupas para mim

X: O resto é da sua amiga?

Karol: Exato, agora vamos parar de conversinha e tomar banho – Lembro que ela tem apenas quatro anos e talvez não soubesse tomar banho sozinha – você sabe tomar banho sozinha?

X: Sim, minha mamãe me ensinou

Karol: Ok então. – a levo para o banheiro e assim que ela entra ela diz

X: Que legal você tem uma banheira – ela diz toda animada

Karol: De certa forma sim – dou risada – quer tomar banho nela?

X: Quero sim! – ela diz entre pulos de alegria, mas de repente para – claro, se você deixar – ela diz toda tímida

Karol: Claro que eu deixo – coloco a banheira para encher e a deixo brincando com a água. Começo a procurar roupas que caibam nela, mas não achei muita coisa, eu era pequena, mas nem tanto, Maze era uma gigante. Pego uma camiseta preta de manga cumprida que eu tinha, peguei uma blusa só faltava a calça. Depois de alguns minutos acho algumas roupas de quando a maze era criança. Acho uma calça e então ela sai do banheiro enrolada no roupão

X: Eu já terminei

Karol: Eu também já achei sua roupa improvisada – vou até ela – não tinha muita coisa do seu tamanho

Ela se desenrola e se seca

Karol: Aqui as roupa – coloco em cima da cama

X: Eu não sei me trocar – ela diz baixinho com vergonha

Karol: Não precisa ter vergonha, quer que eu te ajude? – ela balança a cabeça fazendo "sim". A ajudo a se trocar e quando termino me afastou um pouco e a analiso de longe – agora sim, prontinha – percebo que minha mãe dia a mesma coisa e sorrio lembrando disso

X: O que foi?

Karol: É que minha mãe uma vez me disse a mesma coisa – suspiro – agora vamos lá em baixo vê se o seu... – eu não conseguia dizer pai, besteira eu sei, mas pra mim era chocante – se ele esta acordado – digo por fim, espero que ela não tenha notado minha tensão. Descemos e ele ainda estava dormindo

X: Papai dorminhoco

Karol: Sempre foi assim – me lembro de quando estávamos na academia – olha não sei você, mas eu to com fome

X: Eu também estou

...

Tinha feito panquecas com queijo e tomate para nos, fiz uma pra Ruggero quando ele acordasse, e falando no capeta, ele aparece na cozinha com cara de sono sem entender nada

Ruggero: Quem é ela?

Karol: Ela é a... – percebo que não sabia o nome dela – desculpa querida qual seu nome?

X: Sol – ela percebe que Ruggero esta na sala e desce da cadeira quase caiu e sai correndo para abraçá-lo, mas Ruggero estava muito cocado, então ela só abraça a pernas dele – papai!

Ruggero: Papai? – ele pergunta confuso

Sol: Não, você é o papai, eu sou a filha

Karol: Querida, pode esperar na sala um pouquinho? – ela fica um pouco chateada, mas obedece, coloco no desenho do my little pony e volto para cozinha, ele estava sentada na cadeira com o olhar assustado. Agora é a hora de por as cartas na mesa

oiee gentee, resolvi postar uma ou duas vezes por semana, o problema na internet esta quase resolvido, então creio que logo vou postar mais frequentemente

byee amores 

espero que estejam gostando