Capítulo Trinta - fica?

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Recapitulando...

Me levanto e peço um café expresso. Depois de uma longa demora a atendente aparece com meu pedido.

Atendente: Desculpe a demora, estamos com o café hoje.

Karol: Sem problemas – ela se retira e fico fuçando no instagram

...

Ruggero narrando

Eu não posso me despedir dela. Eu não consigo. Vê-la partir me machuca muito, a Sol está arrasada, consegui fazê-la parar de chorar, mas ela não fala nada.

Ruggero: Filha acabei suas panquecas.

Sol: Eu não quero pai.

Ruggero: Nem um pouquinho?

Sol: Nem um pouquinho.

Ruggero: Ah filha, não fica assim – seco minha mão no pano de prato e vou até ela.

Sol: Mas eu nunca mais vou ver ela

Ruggero: Claro que vai meu amor, logo iremos visitar ela.

Sol: Vai demorar, eu sei. Ela mora tão longe, que tem que pegar avião. Quem vai me arrumar pra escola agora? E cuidar de mim quando você esta trabalhando?

Ruggero: Eu vou cuidar de você

Sol: Mas não é a mesma coisa. Até a mamãe consegui tempo pra mim

Ruggero: Sinto muito, não sou sua mãe, nem vou substituí-la, mas eu estou dando o meu melhor.

Sol: Vou tomar banho – ela se levanta e eu fico no sofá, sem saber o que fazer.

Ruggero: Espera – digo rápido

Sol: O que foi?

Ruggero: Nós vamos atrás dela

Sol: Mesmo? – ela vem correndo e me abraça – obrigada papai

Ruggero: Mas a decisão de ficar ou não é dela filha

Sol: Mas vamos tentar isso que importa. Agora vamos ou não iremos encontrar ela a tempo

Dirigi o mais rápido que pude, cheguei ao aeroporto quase meio hora depois, não sabia se ela já tinha ido, mas tinha que impedir a Karol. Eu disse pra mim mesmo que não iria atrás dela, que ela ia ficar melhor sem mim, mas vendo a Sol desse jeito, me fez perceber o quanto ela precisa da Karol, o quanto eu preciso da Karol.

Chego ao aeroporto e me informo da ala do voo dela, fomos correndo, mas ela não estava mais lá. Olho para todos os lados e não a vejo, e o desespero começa a crescer dentro do meu peito. Será que eu nunca mais vou vê-la?

Sol: Papai ela esta ali! – sol aponta para o outro lado da ala, ela estava terminando seu check-in, indo para o lado de fora - tia kah espera – ela sai correndo e vou atrás dela – tia!

Moça: Senhor, você não pode passar – ela nos para.

Sol: Mas a minha tia esta indo embora! – Sol diz desesperada.

Moça: Sinto muito.

Sol: Sente nada, da licença – a sol passa pela moça.

Ruggero: Sol espera! – afasto a mulher da minha frente e escuto ela protestar algo, mas não ligo.

Passava por varias pessoas e nada de encontrar a Karol, já tinha perdido a Sol de vista. Sim, eu perdi minha filha no aeroporto. Tinha que me acalmar pra achar elas. Parei e olhei em volta, depois de algumas voltas vejo a Karol indo em direção ao avião e minha filha atrás.

Saio correndo e começo a gritar

Ruggero: Karol! Por favor, espere! – estava cansado já, quando ia parar de correr ela vira para trás e me vê. Um sorriso se abre no meu rosto e no dela também

Sol: Titia! – escuto sol praticamente gritar abraçando as pernas dela. Agora que ela me escutou, vou mais devagar, tínhamos tempo.

Karol: O que vocês estão fazendo aqui? – diz com lagrimas nos olhos, e um largo sorriso.

Sol: Meu papai não quer deixar você ir – forço a garganta para ela ficar quieta

Ruggero: Não é bem assim. Filha pode nos dar licença um pouquinho?

Sol: Uhum – ela sai e fica brincando com uma borboleta que passava por perto

Karol: Então quer dizer que você não quer que eu vá?

Ruggero: Não foi exatamente assim... – a olho e me perco nas duas belas esmeraldas – Karol preciso te dizer uma coisa... – sou interrompido por uma aeromoça

Moça: Senhorita o avião já partir.

Karol: Tenho que ir Ruggero

Ruggero: Não, por favor, me escuta. Só cinco minutos

Moça: Desculpe, mas não posso esperar. A senhorita vai embarcar? – ela olha para Sol e depois de alguns segundo ela diz

Karol: Não, não irei embarcar.

Moça: Tenha um bom dia – ela sai

Ruggero: Você vai ficar?

Karol: Não. Eu vou pegar o próximo voo para NY. Você pediu cinco minutos, você tem cinco minutos.

Ruggero: Mas, Karol... – ela me interrompe

Karol: Quatro minutos e 45 segundos, esta perdendo tempo.

Respiro fundo era agora ou nunca, eu tenho a chance de me declarar para ela, fazer ela fica e sermos felizes. Finalmente ia ter o meu feliz para sempre.

Ruggero: Kah, eu sei que eu errei, e errei muito com você, mas eu era jovem não tinha maturidade suficiente para perceber a mulher maravilhosa que eu tinha. Quando te vi no departamento meu coração disparou parecia que ia pular da boca, e quando fiquei sabendo que iria trabalhar com você no caso, eu surtei não sabia o que fazer. Quando te levei ela primeira vez na casa da Maze, você pediu pra eu ficar. E foi nesse momento que percebi que eu ainda tinha uma pequena chance de concertar os meus erros.

Ela fez menção de abrir a boca para protestar algo, mas continuei sem pensar antes que me arrependesse.

"Lembra quando me perguntou do por que eu vim apara a Rússia? Eu sempre fugi dessa pergunta, mas agora não vou mais. Eu vim para Rússia porque eu percebi que tinha perdido a única mulher que eu realmente amei na vida, você. Vim logo depois de ser largado no altar, e pra falar a verdade, foi a melhor coisa que aconteceu, e eu tentei reconstruir minha vida, mas assim que você chegou eu voltei no passado".

Ela não diz nada apenas me olha, depois de longos e torturantes segundos e fala:

Karol: O seu tempo acabou – e sai

Ruggero: Karol! Espera! – ela continua a andar – acabei de me declarar para você Karol! – digo com lagrimas nos olhos, já não tinha mais esperanças. Só tinha mais uma coisa a dizer – Eu te amo Karol Ozera Sevilla!

Ela continua andando, sem olhar para trás. E esse foi o meu fim, perdi de vez a única mulher que amei na minha vida. Cai no chão em prantos, não me importava com quem estivesse vendo.

Sol: Eu to aqui papai – Sol me abraça tentando me reconfortar.

o passado volta a tonaOnde histórias criam vida. Descubra agora