Recapitulando...
Me levanto e peço um café expresso. Depois de uma longa demora a atendente aparece com meu pedido.
Atendente: Desculpe a demora, estamos com o café hoje.
Karol: Sem problemas – ela se retira e fico fuçando no instagram
...
Ruggero narrando
Eu não posso me despedir dela. Eu não consigo. Vê-la partir me machuca muito, a Sol está arrasada, consegui fazê-la parar de chorar, mas ela não fala nada.
Ruggero: Filha acabei suas panquecas.
Sol: Eu não quero pai.
Ruggero: Nem um pouquinho?
Sol: Nem um pouquinho.
Ruggero: Ah filha, não fica assim – seco minha mão no pano de prato e vou até ela.
Sol: Mas eu nunca mais vou ver ela
Ruggero: Claro que vai meu amor, logo iremos visitar ela.
Sol: Vai demorar, eu sei. Ela mora tão longe, que tem que pegar avião. Quem vai me arrumar pra escola agora? E cuidar de mim quando você esta trabalhando?
Ruggero: Eu vou cuidar de você
Sol: Mas não é a mesma coisa. Até a mamãe consegui tempo pra mim
Ruggero: Sinto muito, não sou sua mãe, nem vou substituí-la, mas eu estou dando o meu melhor.
Sol: Vou tomar banho – ela se levanta e eu fico no sofá, sem saber o que fazer.
Ruggero: Espera – digo rápido
Sol: O que foi?
Ruggero: Nós vamos atrás dela
Sol: Mesmo? – ela vem correndo e me abraça – obrigada papai
Ruggero: Mas a decisão de ficar ou não é dela filha
Sol: Mas vamos tentar isso que importa. Agora vamos ou não iremos encontrar ela a tempo
Dirigi o mais rápido que pude, cheguei ao aeroporto quase meio hora depois, não sabia se ela já tinha ido, mas tinha que impedir a Karol. Eu disse pra mim mesmo que não iria atrás dela, que ela ia ficar melhor sem mim, mas vendo a Sol desse jeito, me fez perceber o quanto ela precisa da Karol, o quanto eu preciso da Karol.
Chego ao aeroporto e me informo da ala do voo dela, fomos correndo, mas ela não estava mais lá. Olho para todos os lados e não a vejo, e o desespero começa a crescer dentro do meu peito. Será que eu nunca mais vou vê-la?
Sol: Papai ela esta ali! – sol aponta para o outro lado da ala, ela estava terminando seu check-in, indo para o lado de fora - tia kah espera – ela sai correndo e vou atrás dela – tia!
Moça: Senhor, você não pode passar – ela nos para.
Sol: Mas a minha tia esta indo embora! – Sol diz desesperada.
Moça: Sinto muito.
Sol: Sente nada, da licença – a sol passa pela moça.
Ruggero: Sol espera! – afasto a mulher da minha frente e escuto ela protestar algo, mas não ligo.
Passava por varias pessoas e nada de encontrar a Karol, já tinha perdido a Sol de vista. Sim, eu perdi minha filha no aeroporto. Tinha que me acalmar pra achar elas. Parei e olhei em volta, depois de algumas voltas vejo a Karol indo em direção ao avião e minha filha atrás.
Saio correndo e começo a gritar
Ruggero: Karol! Por favor, espere! – estava cansado já, quando ia parar de correr ela vira para trás e me vê. Um sorriso se abre no meu rosto e no dela também
Sol: Titia! – escuto sol praticamente gritar abraçando as pernas dela. Agora que ela me escutou, vou mais devagar, tínhamos tempo.
Karol: O que vocês estão fazendo aqui? – diz com lagrimas nos olhos, e um largo sorriso.
Sol: Meu papai não quer deixar você ir – forço a garganta para ela ficar quieta
Ruggero: Não é bem assim. Filha pode nos dar licença um pouquinho?
Sol: Uhum – ela sai e fica brincando com uma borboleta que passava por perto
Karol: Então quer dizer que você não quer que eu vá?
Ruggero: Não foi exatamente assim... – a olho e me perco nas duas belas esmeraldas – Karol preciso te dizer uma coisa... – sou interrompido por uma aeromoça
Moça: Senhorita o avião já partir.
Karol: Tenho que ir Ruggero
Ruggero: Não, por favor, me escuta. Só cinco minutos
Moça: Desculpe, mas não posso esperar. A senhorita vai embarcar? – ela olha para Sol e depois de alguns segundo ela diz
Karol: Não, não irei embarcar.
Moça: Tenha um bom dia – ela sai
Ruggero: Você vai ficar?
Karol: Não. Eu vou pegar o próximo voo para NY. Você pediu cinco minutos, você tem cinco minutos.
Ruggero: Mas, Karol... – ela me interrompe
Karol: Quatro minutos e 45 segundos, esta perdendo tempo.
Respiro fundo era agora ou nunca, eu tenho a chance de me declarar para ela, fazer ela fica e sermos felizes. Finalmente ia ter o meu feliz para sempre.
Ruggero: Kah, eu sei que eu errei, e errei muito com você, mas eu era jovem não tinha maturidade suficiente para perceber a mulher maravilhosa que eu tinha. Quando te vi no departamento meu coração disparou parecia que ia pular da boca, e quando fiquei sabendo que iria trabalhar com você no caso, eu surtei não sabia o que fazer. Quando te levei ela primeira vez na casa da Maze, você pediu pra eu ficar. E foi nesse momento que percebi que eu ainda tinha uma pequena chance de concertar os meus erros.
Ela fez menção de abrir a boca para protestar algo, mas continuei sem pensar antes que me arrependesse.
"Lembra quando me perguntou do por que eu vim apara a Rússia? Eu sempre fugi dessa pergunta, mas agora não vou mais. Eu vim para Rússia porque eu percebi que tinha perdido a única mulher que eu realmente amei na vida, você. Vim logo depois de ser largado no altar, e pra falar a verdade, foi a melhor coisa que aconteceu, e eu tentei reconstruir minha vida, mas assim que você chegou eu voltei no passado".
Ela não diz nada apenas me olha, depois de longos e torturantes segundos e fala:
Karol: O seu tempo acabou – e sai
Ruggero: Karol! Espera! – ela continua a andar – acabei de me declarar para você Karol! – digo com lagrimas nos olhos, já não tinha mais esperanças. Só tinha mais uma coisa a dizer – Eu te amo Karol Ozera Sevilla!
Ela continua andando, sem olhar para trás. E esse foi o meu fim, perdi de vez a única mulher que amei na minha vida. Cai no chão em prantos, não me importava com quem estivesse vendo.
Sol: Eu to aqui papai – Sol me abraça tentando me reconfortar.
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o passado volta a tona
FanficA jovem Detetive Karol Sevilla bem sucedida, morando em NY recebe um caso que mexe com seu doloroso passado. Vai se reencontrar com seu antigo amor Ruggero Pasquarelli, sera que ela vai conseguir resolver o caso sem surtar de vez?