A Dona - Camriana (Camila G!P)

Capítulo Dezessete

Sinu me olhou com uma expressão de surpresa. Claro! Ela nem podia imaginar que um dia voltaria a ver o rosto de alguém daquela família que ela arruinou a dezoito anos atrás. 

— Não vai nos convidar para entrar mãe? — Indagou Camila sendo a mais inocente ali. 

— Claro, entre filha seu pai está ansioso para te ver! — Exclamou Sinu me encarando. 

Camila saiu saltitante e Sinu me parou antes que eu pudesse seguir em frente. 

— O que faz aqui com a minha filha? — Questionou Sinu como se quisesse me impor algum medo. 

— Já contou para o seu marido e suas filhas o que você fez com a minha família? — Indaguei irritada. 

— Aquilo foi um deslize! Jamais deveria ter caído na lábia de seu pai! 

— Como se apenas ele fosse o culpado! — Esbravejei revirando os olhos.

— Seu pai não foi santo Ariana! 

— Ele sempre foi um bom homem e bom Provedor de casa, mas assim que ele ficou com você as coisas mudaram! Qual era o problema? Seu marido não conseguia te bancar então você teve que ir atrás do marido dos outros?  — Questionei bem irritada.

-Ariana não fale coisas que não sabe, você pinta um quadro de pai ideal para o seu, mais a história não é essa e você sabe disso! 

Era o momento para falar tudo que estava entalado, porém Camila apareceu e a última coisa que eu queria era machucar a minha princesa. 

— Vou me conter pelo bem da Camila, só não sei até quanto! — Falei passando por ela como um vulto. 

— Aconteceu algo? — Indagou Camila parada na porta. 

— Nada, estava apenas falando sobre o passado de Cuba com a sua mãe, aqui tem um fundo histórico bem rico! —  Menti apenas para não magoa-la. 

Dentro da casa, Camila me apresentou  sua irmã Sofi e o pobre marido enganado chamado Alejandro. 

— Sente-se meninas a Sinu fez um almoço maravilhoso! — Exclamou Alejandro se sentando a mesa. 

Fizemos o mesmo e a todo o momento meus olhos encontravam o de Sinu me encarando. 

— Então vocês são namoradas? — Questionou Sofi sorridente. 

— Sim somos! — Falei antes que Camila falasse qualquer outra coisa diferente. 

— Bom.... Então mocinha tenho uma conversa seria com você sobre uma palavra de quatro letras! — Falou Alejandro me fazendo rir. 

Se ele soubesse o quanto a filha dele tinha transado comigo dentro daquelas vinte e quatro horas, ele nem tocaria no assunto. Sinu apertou a banana que estava em sua mão, fazendo com que a fruta esmagasse e chamasse a atenção de todos. 

— Tudo bem mamãe? — Perguntou Sofi olhando para a cena. 

— Tudo meu amor, só estava me lembrando de uma péssima coisa. — Respondeu Sinu encarando o chão. 

O clima podia ser cortado com uma faca de tão tenso, só mesmo uma criança para não perceber. O restante do almoço ocorreu em total silêncio e nem mesmo a saborosa sobremesa fez com que o clima melhorasse.