🐴Capítulo 02🐴

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*Revisado*


📑Boa leitura😘

POV. Christian Grey

Acordei cedo, como tenho o costume de fazer todos os dias. Gosto de aproveitar os primeiros raios de sol para correr e iniciar o dia com mais disposição.

E hoje era um dia muito especial.

Já estou em Barretos há uma semana, tempo suficiente para avaliar minha situação. Mesmo com a confusão na minha chagada, arrisquei ficar na cidade.

Minha vida mudou drásticamente nos últimos meses. Estava casado e feliz, na medida do possível. Minha relação com Amélia era boa, eramos amigos acima de tudo.

Nos casamos mais por obrigação, estavamos namorando a cinco meses quando ela engravidou. Obviamente por imprudência minha e dela, um descuido banal.

Como nossas famílias eram muito tradicionais, decidi assumi- la antes mesmo de informar aos nossos parentes sobre a gravidez.

Nosso casamento era feliz, éramos amigos, nos respeitávamos, tinhamos o lar que achávamos ideal para formar uma família.

Durante a gravidez, a seis anos atrás, descobrimos que Amélia tinha Lúpus, uma doença inflamatória autoimune, desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de agentes como vírus e bactérias.

O lúpus pode se manifestar sob a forma cutânea (atingindo apenas a pele) ou ser generalizado.

Esse último era o caso da Amélia.

A forma generalizada do Lúpus atinge qualquer tecido do corpo, afetando articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões. É chamado de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Esse fato tornou a gravidez de risco. Amélia precisou utilizar medicações que fossem seguras para o feto. Felizmente correu tudo bem durante o parto.

Dediquei os anos seguintes, após a descoberta da doença de Amélia, em ajudá- la no seu tratamento, tendo em vista que o Lúpus não tem cura, apenas pode ser controlado.

Mas infelizmente, com os anos a situação de Amélia começou a se agravar, e há quatro meses atrás ela deu seu último suspiro, deixando- me no mundo com uma grande responsabilidade.

Agora, depois de todo sofrimento que passei, restava apenas uma pequena lembrança, prestes a completar seis anos, de cabelos castanhos e olhos azulados, idêntica a mim.

Decidi vir para o Brasil com intuito de melhorar meus negócios, pois sou sócio de Elliot. A família dele exporta grãos e a minha empresa faz o transporte.

Mas também resolvi mudar para cá para que Dulce mudasse de ares, para se adaptar a um país diferente e à ausência da mãe.

Eu vim na frente e deixei Dulce com minha irmã, Mia, em São Paulo.

Claro que não pretendia deixar minha filha muito tempo com Mia, pois não sabia mais viver sem minha princesinha por perto. Mas precisava ter certeza que Barretos seria o local certo para a criação da minha pequena.

Tirando a confusão do primeiro dia, com a desconhecida com olhos faiscantes, o lugar é calmo, com pessoas de boa índole, trabalhadoras e acolhedoras.

Não poderia imaginar lugar melhor para a readaptação de Dulce. É claro que chegaria o momento em que vou oferecer à ela a oportunidade de conhecer o mundo, ter uma profissão, sua própria vida com seus próprios objetivos.

Pura Emoção (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora