12 - Fortes Emoções

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(notas da editora: Esse capítulo foi bastante baseado na arte do diálogo, o que fez isso tudo muito mais simples pra editar, mas me deu uma dor de cabeça. Apesar disso, gostei muito dele. Foi legal ver o Rhavi tão animado, ele é tão fofo!)

***

Continuamos conversando por um tempo sobre assuntos diferenciados, ele me contou como tinha conseguido quase todas as medalhas e troféus que enfeitavam seu santuário e eu lhe contei tudo sobre os filmes de Harry Potter, dizendo todas as comparações que fiz dos quatro primeiros filmes com os quatro primeiros livros. Estava sendo agradável de uma forma que ficar sozinha com o Rhavi geralmente não era. Não que eu não ficasse nervosa com a presença dele, mas havia se tornado algo com o qual eu estava me acostumando.

Depois de um tempo, ele se virou pra mim.

— Eu não queria tocar nesse assunto, mas... Eu não sei se você reparou, eu não te levei na garagem. É porque lá tem muita bagunça, meu pai guarda os trecos dele lá.

Eu ri

— Não tem nem motivo pra você me mostrar sua garagem, você não conhece a minha e nem o meu carro.

— Ué, você tem carro?! — Ele perguntou com os olhos de surpresa.

— Eu tenho. 

— Como eu nunca vi você dirigindo?!

— Hum, talvez porque eu não dirija.

Pensei que Rhavi fosse ter um ataque cardíaco no meio da conversa.

— COMO VOCÊ TEM UM CARRO E NÃO DIRIGE?! — Uma respirada funda depois: — Quem dera que meu pai me desse um carro! Olha, isso pra mim é uma tremenda falta de respeito da sua parte, viu?

— Mas eu não pedi carro nenhum aos meus pais! No meu aniversário eles de repente surgiram com um na porta de casa. O que eu ia falar? "Obrigada, eu adorei!! Mas devolve."?

— Você tinha que fazer o mínimo pra pelo menos dirigir pra lugares próximos, já que não tem carteira.

Levantei uma sobrancelha no maior nível "É sério que você tá me aconselhando a fazer algo ilegal?" 

— Eu sei, eu sei... — Suspirei, derrotada com essa conversa.  — Eu disse ao meu pai que tentaria, tive umas duas ou três aulas nele, mas não conseguia pegar o jeito.  Ai eu disse que treinaria um pouco mais quando estivesse disposta a tirar carteira.

— Você faz dezoito ano que vem! Essa é a hora de aprender a dirigir!

— Nah... Valeu.

— Nada disso. Eu vou te dar aulas de direção. 

— Você?! Não, Obrigada. 

— Ah qual é!  Pensa que dirigir te proporciona a mesma liberdade de um passarinho. Contanto que você saiba dirigir, passe na prova e consiga a carteira, aí pode dirigir pra onde quiser.

— Ah sim, muito simples esse procedimento aí, só falta o básico mesmo que é eu saber dirigir.

— Mas é isso que eu vou tentar te ensinar! Deixa vai. Tenta.

— Você é um saco, Rhavi! Deus me livre.

— Eu aceito isso e meu coração continua aberto.

— Tudo bem, tudo bem. Quando começamos? — Perguntei.

Rhavi sorriu pra mim, satisfeito. Não consegui evitar em sorrir de volta. 

— Na segunda!

— Beleza então.

Flores de PlásticoOnde histórias criam vida. Descubra agora