The New York Stories

Meu sogrinho

                        - Sam -

Então, Claire se despede, e Pete chega em mim e diz.

- Cara, sabe o que o Stark iria pensar se visse vocês dois sozinhos?

- O que?- Perguntei, com os pensamentos ainda na Claire.

- "meu Deus! Estou escravizando meu genro!"- Pete disse com aquelas mesmas ironias de sempre.

- Se liga, ela não quer nada comigo, e além disso, eu nem a conheço.- Disse levantando, mas é claro que queria a conhecer melhor.

- Vamos, está ficando tarde, amanhã cedo temos aula e voltaremos pra cá.- Ned disse, tentando tirar o foco das coisas incríveis do nosso novo local de trabalho.

- Podem ir, eu vou ficar aqui, não tenho ninguém me esperando em casa, e as camas foram feitas para serem usadas.- Disse dando umas batidinhas na cama.

- Tudo bem, vamos nos ver amanhã então.- Disse Pete.

- Certo até amanhã.- Disse me despedindo de meus amigos.

- Não vá fazer nenhuma besteira hein!- Disse Pete com um sorrisinho irônico.

- Talvez eu faça.- Disse jogando uma almofada nele.

Os dois sairam, e depois disso fiquei no quarto pensando na Claire, mas eu tinha que mudar meu sentimento.
O que é isso? O que está acontecendo comigo? Que sentimento é esse?
Não consigo, tirar o sentimento e os pensamentos da minha cabeça... Não tirava Claire da minha cabeça, talvez eu gostasse dela, ou era algo momentâneo.

Então Tony, chegou, me viu ali e veio conversar comigo... Sim Tony Stark veio falar comigo, aquele que... um dia... foi um cara que eu odiei. Hoje, estou me acostumando com ele.

- Eai Sam? Como você está?- Disse colocando a mão dele em meu ombro.- Os jovens ainda falam "eai" né?

- Sim, mas não usamos muito, só quando alguém está meio pra baixo.- Disse com uma pequena risada- Tony, posso te perguntar uma coisa?

- Pode sim, mas se for sobre minha filha é melhor esquecer.- Juro que quase entrei em desespero- Estou brincando, pode falar.

- Depois da morte dos seus pais, como você superou?- Perguntei abaixando a cabeça.

- Entendi... Olha, eu nunca superei, só estou convivendo com elas, mas sem deixar que me atrapalhem.- Disse pegando o seu óculos- Nunca tire os olhos do seu objetivo, nem que, pareça que o mundo vai acabar. Você pode cair, mas nunca deixe de levantar.

- Obrigado, e aliás, queria te perguntar mais uma coisa.

- Pode falar.

- Como eu sei se gosto ou não de uma garota?- Perguntei, e na hora me arrependi, porque ele com certeza ia entender de quem eu estava falando.

- Você, só para de pensar nela, pra sonhar com ela?

- Acho que sim...- Se falasse que a tinha conhecido hoje, ele ia mandar o Professor Hulk me esmagar.

- Então pode ter certeza de que gosta dela, já fui jovem, e acredite as vezes é bem difícil, mas se ela gosta de você... Tenha certeza que vai dar certo.- Nesse momento eu senti um conforto em meu coração, como se ele fosse meu pai, ou irmão mais velho genial.- Mas isso se o pai dela deixar.

Ele estava saindo quando disse.

- Estou escravizando meu futuro genro.

Nesse momento eu congelei, Stark entendeu como previ, e disse tudo o que Pete previu.
Quando fui deitar, olhei o óculos do Stark na minha cama, e os coloquei.
E nas lentes estava escrito.

"Para que nunca tire os olhos do prêmio."

Ele me deu aqueles óculos, que por sinal eram bem estilosos.

- Quer dizer, que, como ele não disse nada ele aprova?- Perguntei pra mim mesmo.
E nas lentes apareceram.

"Sei que vai cuidar dela, mas estou de olho."

Bom esse é o diário mais especial de todos, o dia em que ganhei um novo pai.