Alto preço - Clexa

APENAS AMIGAS

Finalmente! Nasceu!

Aproveito para agradecer todos que leram até aqui

Percebi que temos Team Clarke e Team Lexa, mas vamos recapitular que não há uma ou outra que tenha razão plena. Lexa errou, Clarke errou, todo mundo errou e a gnt segue errando porque é errando que se aprende e errar é U mano kkkk.

Então chega de firula e bora ler mais um.

Apreciem!

Nos vemos lá em baixo.

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Ela estava ali, parada, ignorando suas palavras como se realmente não valesse nada. E sentiu em seu íntimo que realmente não valia. Sentiu ainda uma vontade incrível de se ajoelhar e se humilhar perante Lexa se isso trouxesse seu amor de volta. Mas Clarke sabia que nem isso adiantaria. Machucou-a, feriu-a os sentimentos, humilhou-a. A loira apertou as mãos que suavam frias, caminhando, seguindo aquele que outrora fora um homem que bem lhe cuidou, que estendeu as mãos quando estava em pedaços e que agora não se encontrava mais na condição de um amigo, mas sim, de um pai e avô zeloso, protetor.

Seguiram caminhando até o quintal. Fazia frio, mas isso não importava. Augustus fervilhava sentimentos confusos como raiva e compaixão. Não queria meter-se na vida de sua filha mais velha, mas não aguentaria ver Lexa sofrer outra vez. Havia jurado para Ania em seu leito de morte que cuidaria das suas meninas enquanto respirasse. Estava cumprindo sua promessa e seu dever de pai.

- Senhor Woods eu...

- Silêncio. Agora você não fala. Você só me ouve. E Clarke engoliu seco com a rispidez. Eu poderia dar-te na cara por ter feito o que fez.

- Eu não tive a intensão, eu tamb...

- Calada! Ele fechou os olhos com a mesma força em que seus punhos se fecharam. Eu juro a você que em respeito à sua mãe e à figura que eu represento, não vou socar-te como eu gostaria de ter feito há quatro semanas, quando minha filha entrou destruída pela porta de minha casa, uma mulher completamente diferente do que havia partido quando foi atrás de você naquela maldita cidade. Eu nunca tinha visto Lexa daquela maneira, Clarke. Você a feriu profundamente. E como se não bastasse todo o vexame em rede nacional, ela trancou-se de uma maneira que ninguém teve acesso. Isolou-se por uma semana, definhando em seu quarto, não aceitando ajuda, rejeitando conselhos, rejeitando comida, rejeitando a si mesma... Ele apertou os dentes ainda de olhos fechados. Era rude de sua parte não olhar para Clarke que se encontrava a sua frente, mas se abrisse seus olhos mostraria a fraqueza de seu coração. Ele também estava quebrado e certamente suas lágrimas sairiam com uma facilidade incalculável. Engoliu seco quando o silêncio por parte de Clarke perdurou. Abriu então seus olhos para fitar olhos azuis brilhantes pela lâmina de lágrimas formando uma densa camada, que escorria pelo rosto dela sem que ela mesmo piscasse.

- Eu me arrependi do que fiz. Eu sei que palavras proferidas não voltam atrás, sei que não mereço ter outra oportunidade... eu só queria que ela soubesse...

- Que você a ama? Outra vez? Vai arrastar ela para seu novo mundo e então deixá-la inebriada por sonhos e conjecturas, por um futuro que ela provavelmente jamais terá ao seu lado? Você sabe que essa relação já começou com um grande erro. Não era para ela estar lá, não era para você estar naquele local, naquele dia, naquela hora...

- Mas eu estava. E de alguma maneira eu a encontrei e acredite ou não no destino ou em Deus, nossos caminhos se cruzariam porque eu nasci para amá-la e ela nasceu para receber o meu amor. Acredite ou não, é isso que eu sinto e ninguém vai me convencer do contrário. Pode me amarrar, proibir-me de ver Lexa, ser contra tudo o que fizemos até agora, mas nem isso vai mudar o que sinto por ela, Augustus!