RECONCILIAÇÃO

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REPUBLICANDO O CAP PORQUE O WATTPAD TEM ME ENVIADO MENSAGENS SOBRE AS GIFS KKKK ENTÃO ESTOU REMOVENDO AS IMAGENS QUE FEREM O REGULAMENTO ANTES QUE ELES EXCLUAM TUDO RSRS


Indicação para trilha sonora (do início ao fim, pq sim, ok?!) kkk

SOMO - RIDE/PILLOWTALK

MEG MYERS - DESIRE REMIX

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CLARKE'S POV:

Cansaço, dor, desconforto, frio.

Meu corpo reclamou ao despertar do sono que eu sequer havia percebido, situando minha mente, reorientado-a em relação tempo e espaço. Lentamente, abri meus olhos, piscando com dificuldade pela claridade que adentrava pela janela, irritando minha visão, mas anunciando que mais um dia havia se passado e outra noite havia sido vencida pelo sono, pela preocupação e pela falta de informações. Respirei fundo mexendo e estalando meu pescoço dolorido pela posição que me encontrava. Não pudera ser diferente, havia dormido no sofá da sala de casa.

Levantei-me com dificuldade, tentando não cair, pois minha perna esquerda estava dormente por eu ter dormido com ela pendurada sobre o braço do sofá. Manquei até a cozinha em busca de um copo de água, constatando algo extremamente peculiar: a casa estava silenciosa.

"Filha, bom dia. Fui trabalhar e Gaya está no colégio. Tem café pronto. Bjs. Mãe.

Lembrar dos últimos acontecimentos fizeram-me suspirar fundo, deixando o bilhete de Indra sobre a mesa, caminhando de modo letárgico até as escadas, subindo degrau por degrau, acessando finalmente o andar de cima. Meu estado de torpor era tão grande que só depois de alguns minutos olhando para a porta do meu quarto eu pude lembrar do porquê havia dormido no sofá: Lexa havia dormido no meu quarto.

Abri vagarosamente a porta, evitando com que o barulho das dobradiças a acordassem, fazendo um silêncio descomunal, sentindo-me estranha ao adentrar em meu próprio quarto como uma estranha que invadia a privacidade e a intimidade do sono de outra pessoa. Mas não era uma outra pessoa qualquer.

Era simplesmente ela.

Um suspiro entrecortado escapou de meus pulmões perante a visão mais doce e linda de minha vida. Seus cabelos levemente ondulados, castanhos vivos cor de mel, repousavam ao lado de seu corpo inerte, sereno. Seu rosto trazia uma feição de calma, tranquilidade, sua respiração era tão sutil que tive a curiosidade de checar para saber se respirava mesmo.

Eis o meu maior erro.

Não pude conter de castigar meus próprios lábios quando senti sua respiração contra meu rosto. Eu estava tão perto, analisando suas feições, seu nariz perfeito, sua boca convidativa, o cheiro de seus cabelos, que quase babei sobre seu rosto. Ela estava ali por mim e em nenhum momento deixou de me acompanhar nesta angustiante espera. Reunindo toda a força de vontade e o mínimo pingo de bom-senso que ainda me restava, afastei-me vagarosamente em direção ao roupeiro do meu quarto, separando algumas roupas para um banho descente. Fechando com muito custo a porta do quarto, observando-a dormir por mais alguns rápidos segundos antes de me dirigir ao banheiro.

[...]

Parecia que a água quente não lavava somente meu corpo, mas também a minha alma. Deixei que escorresse junto todos os meus problemas e sentindo meu corpo entorpecer com o cansaço impregnado. Meu reflexo no espelho embaçado pelo vapor não mentia: eu estava chegando ao meu limite.

Abri a porta de meu quarto com o mesmo cuidado de antes, mas percebi que Lexa não mais dormia. Seus olhos abertos em minha direção demonstravam também o cansaço de uma noite mal dormida, apesar de não aparentar tanto quanto eu.

Alto preço - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora