VERDADE QUE LIBERTA

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Olha quem chegou?

Vou explicar que haverá uma transição de tempo curto durante os POV.

Isso vai servir para nortear a leitura quanto aos acontecimentos dos fatos que ocorrerão ao mesmo tempo em locais diferentes (entre Clarke/Lexa/Octávia), para que ao final deste capítulo e no início do próximo possa fazer sentido.

Bora ler um pouco de ficção porque a realidade é bruta. kkk
C

ap corrigido rsrss


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LEXA'S POV: relato de 17 de novembro - dia da viagem de Clarke para Califórnia.


"Eu estava num lugar onde as árvores moviam com o vento e o sol aquecia o meu rosto... Ao que parece eu corria numa direção e sinceramente não fazia ideia do que estava acontecendo, mas meus pés pararam no local onde havia uma parede invisível e do outro lado estava Clarke. Ela estava sorrindo, feliz e havia uma outra mulher ao seu lado. Eu gritava e batia minhas mãos contra a parede com toda minha força tentando chamar a sua atenção, mas ela não me ouvia. Dois meninos se aproximaram das mulheres e ambas pegaram as crianças no colo e saíram de mãos dadas. Ajoelhei -me perante a parede invisível vendo as lágrimas molharem o chão abaixo de meus pés descalços. Era esse o futuro de Clarke e eu não estava inserida nele. Foi quando pequenas batidas na parede invisível chamaram minha atenção. Era um dos meninos. Ele tinha olhos verdes e cabelos loiros e olhava diretamente em meus olhos. - mamãe! - ele gritava -  mamãe! Então a mulher que estava com Clarke voltou correndo até o menino. 

Precisei piscar diversas vezes para perceber que aquela mulher era eu..."

- Clarke! Eu achei que havia gritado seu nome, mas na verdade ele saiu como um sopro pelos meus lábios antes mesmo que eu pudesse abrir os meus olhos.

- Lexa! Graças a Deus você acordou!

- Papai?

- Estou aqui, minha filha!

- O que aconteceu? Falei observando melhor o lugar onde eu estava. Alguns fios atrapalhavam meus movimentos e a luz branca me incomodava.

- Você está em observação porque  teve um desmaio, mas está tudo bem com eles! Ele disse um pouco sério e incomodado.

- Eles?

Vi meu pai se remexer naquela poltrona e ignorar minha pergunta. Mas seu desconforto era visivelmente por ele ter descoberto algo que eu deveria ter contado. Ele era um homem que prezava pela verdade e para ser sincera, eu menti todos esses anos que nos mantivemos separados.

- O médico disse que você deve ficar aqui até amanhã. Já fizeram os exames e o que você teve foi apenas estresse emocional. Ele se levantou e beijou minha testa. Sentou ao meu lado na cama e pegou ambas minhas mãos. Eu sabia muito bem o que ele queria: a verdade.

- Desculpa não ter te contado antes.

- Você não precisa pedir desculpas. Eu sou o maior culpado de ter deixado esse abismo entre nós crescer.

- Papai...

- Não, Lexa. Deixe-me terminar. Ele pediu me fazendo calar por uns instantes. Depois que a sua mãe morreu eu me perdi. Eu me deixei levar pelos maus conselhos e me enfiei em problemas atrás de problemas. Eu não ouvi você e eu afastei você de mim.

Alto preço - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora