A condição que estamos

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S/N seu nome
C/O cor dos olhos.

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Depois de um bom sermão totalmente merecido, eu finalmente pude subir ao meu quarto e trocar essas roupas imundas.

A pior parte de ser um caçador é não poder viver em paz. A qualquer momento uma guerra pode surgir, manter respeito e prover segurança e ainda conciliar os estudos torna tudo mais difícil.

Procurei meu celular até que finalmente o encontrei em baixo de vários papéis cheios de formalidades a serem preenchidas.

Me dá sono só de olhar. Revirei os olhos e joguei-me na cama.

As vezes fico pensando em como a minha vida deu uma reviravolta. Ainda criança tive meu despertar, da pior forma possível... envolvendo sangue e pessoas feridas.

No final o conselho de caçadores conseguiu encerrar todo e qualquer burburinho em relação ao acontecido. Porém, logo foi explicado a minha família que eu jamais os veriam novamente. Foi uma decisão de só um lado que implicou reações a ambos. Me designaram à ir ao país que mais tem problemas com os monstros.

"Welcome to Japan!" foi a primeira coisa que ouvi quando botei os pés aqui, mal sabia eu que jamais voltaria ao Brasil. No Japão é aonde está a maior concentração de metamorfos, visto a necessidade. Eu ainda estou em treinamento, mas já pego os meus casos.

Bom, chega de só pensar e ficar enrolando. Pulei da cama e peguei logo aqueles papéis.

-DÊ HOJE VOCÊS NÃO PASSAM! HAHA!

-S/N-chan com quem você tá falando?

-DESCULPA, OBI-CHAN!

...
..
.

Depois de uma manhã e parte da tarde, bem chatas. Eu finalmente, saí da escola.

Corri para um beco e já peguei minha arma. Aí aí, vampiros se acham tanto...

-Vamo lá, quebra essa pra mim. Se rende logo.

-Mas o que é isso?!? O conselho teve a pachorra de mandar uma pirralhada pra me "matar"? Eu mereço no mínimo um caçador nível pleno.

-Olha, não to com paciência hoje, vamo lá...

Nem terminei de falar e o cara já me jogou na parede, encostando a boca no meu pescoço.

-Você não me dá escolha... -apertei o gatilho.

Aí aí, pelo menos não sujei tudo. Olhei a entrada do beco e vi um menino.

-Kaneki o que você ta fazendo aqui?

Nenhuma resposta...

-Ei, tá tudo bem?

Nada de novo...

Algo está errado... Segurei a Magnum com uma certa força. À passos lentos, andei em direção ao garoto. Até que finalmente entendi...

Ele tinha perdido o controle

-Kaneki, vamo lá... Não me obrigue à isso.

Por que cargas d'água eu estou hesitando perante à uma ameça eminente?

Ele se aproximou encurtando a distância entre nós.

Kaneki x leitor "Entre dois mundos"Onde histórias criam vida. Descubra agora