Capítulo 5

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Era começo de noite quando aterrisaram em Paris. Dulce estava dormindo e Christopher precisou cutuca-la algumas vezes para acordar.

Pegaram as bagagens e foram atrás de um táxi. Dulce estava encantada com tudo o que via, já era tudo muito diferente do Brasil. Christopher fez sinal para um táxi e informou o nome do hotel para onde iriam.

Ela foi o caminho todo grudada na janela do carro olhando tudo atentamente, com os olhos brilhando.

Em pouco tempo entraram no saguão do hotel, Christopher foi até a recepção pedir as chaves do quarto, enquanto Dulce parecia perdida olhando tudo.

- Dulce? - Ele a chamou. - Só temos uma reserva?

Os olhos dela se arregalaram, só agora havia se dado conta. Havia alterado os nomes das passagens e tudo o mais, porém esqueceu que deveria reservar mais um quarto.

- Ah meu Deus senhor Christopher, eu não havia percebido isso. Quero dizer, eu verifiquei tudo, mas esqueci completamente que vocês iriam ficar no mesmo quarto.

Suas bochechas ruborizaram, como ela foi se esquecer disso? Dormir no mesmo quarto que Christopher por tanto tempo era algo que nem passava por sua cabeça. Ah que vergonha!

- O problema é que estão dizendo que não tem outro quarto disponível para agora.

- Meu Deus que vergonha, me desculpa. De verdade, eu sinto muito. Posso ficar esperando aqui até terem um quarto, não me importo.

- Você não pode ficar aqui fora Dulce, está frio e tenho certeza que assim como eu está cansada. - Suspirou pesado enquanto pensava em alguma solução. - Podemos dividir o quarto por essa noite, se você não se importar é claro.

Era a melhor solução para o momento, estava mesmo muito frio e Dulce queria muito um banho quente e uma cama para deitar. Estava envergonhada pela falta de atenção, mas enquanto não pudesse resolver a única solução era ficarem no mesmo quarto.

- Por mim tudo bem, mais uma vez me desculpa senhor Christopher.

Ele não respondeu, apena suguiu para o elevador com suas malas. Ao que parecia os 10 dias seriam bem longos para Dulce.

Seguiu Christopher até a chegada ao quarto. Era um quarto espaçoso, havia duas camas de solteiros um criado com abajur em cima ao lado de cada cama, uma TV de plasma, uma mesa quadrada com duas cadeiras.

Próximo a porta de entrada havia um guarda-roupa com portas de correr, e um cofre ao fundo. Ao lado tinha um espelho grande, e na frente do guarda-roupa era o lavabo com um espelho e matérias de higiene ao lado uma porta que dava para o chuveiro.

Era confortável e simples, mas o suficiente. Christopher não queria nada muito chique, passaria pouco tempo no quarto, era só para dormir e resolver algumas coisas para o dia seguinte.

- Fico com a cama da ponta. - Foi para o lado de sua cama, colocou suas malas ao lado e tirou um o notebook de uma delas.

Dulce sentou-se na cama que havia sobrado, também abriu sua mala e tirou algumas coisas.

- O senhor se importa se eu tomar um banho? - Perguntou ela ainda receosa e envergonhada.

- Claro Dulce, pode ficar a vontade. Eu só vou checar algumas coisas aqui no computador e também já vou tomar um banho.

Ela foi para o banheiro, ligou o chuveiro e ficou o máximo de tempo que pode naquele pequeno cômodo. Colocou um pijama de frio, com um panda desenhado na frente. Peenteou os cabelos, escovou os dentes e saiu do banheiro.

Logo que abriu a porta encontrou Christopher sem camisa, segurando a mesma. Por Deus, como era mesmo que se respirava?

Ele era um homem bonito, mas sem camisa aguçada ainda mais os desejos de Dulce. Seu peitoral era grande e definido, sua barriga tinha pequenos gominhos e seus braços eram fortes.

Fazia alguns meses que não via um homem dessa forma, fazia longos meses que não tinha contato com um homem. E agora vendo o seu chefe com um rosto e um corpo tão bonito era difícil evitar os pensamentos e olhares.

- Me desculpe, derrubei água na minha camisa. Já vou tomar um banho.

Ele entrou rápido no banheiro enquanto ela ainda tentava colocar os pensamentos em ordem.

Seu pijama não era o dos mais sexy, na verdade era bem infantil, cumprido e de bichinho. Ela não tinha parado para pensar que poderia ser um pouco mais mulher na frente de Christopher. Mas isso valeria pouca coisa, eles eram bem diferentes.

Precisa apenas focar no fato dele ser o seu chefe e de que não deveria vê-lo com outros olhos.

Ajeitou-se na cama com os vários cobertores que ali tinha, e pegou o livro que estava lendo no avião. Porém estava cansada demais e antes mesmo que virar uma página já estava dormindo.

Christopher demorou um tempo no banho, a água estava muito gostosa e não dava vontade de sair. Após sair do chuveiro percebeu que estava sem sua toalha.

Abriu a porta para pedir a Dulce, mas pode ver que ela ja dormia sentada na cama. Não tinha muita saída a não ser ir sorrateiramente até o quarto e pegar a toalha.

Tentou fazer o mínimo de barulho possível, mas assim que passou próximo a cama de Dulce tropeçou em um sapato que havia no chão e acabou caindo.

- Ai!

Dulce abriu os olhos no susto, e quando olhou para o chão tudo o que viu foi uma bunda branca.

- Meu Deus! - Exclamou chocada.

- Não olha, puta que pariu. Desculpa! - Christopher se levantou rápido e a imagem só piorou ela o viu inteiramente nú.

Ela assim como ela sentiu o rosto ruborizar. Poderia até imaginar como Christopher Uckermann poderia ser por baixo da roupa, mas vê-lo ao vivo e a cores era totalmente diferente.

Ele puxou a toalha rapidamante enrolando em volta da cintura. Estava vermelho como um pimentão, não conseguiu olhar nos olhos de Dulce. Que papelão, como pode ser tão descuidado a esse ponto.

- Desculpa Dulce, pelo amor de Deus me desculpe. - Voltou correndo para o banheiro.

Dulce riu baixinho, a situação era hilária. De todos os homens do mundo, não imaginava que podria ver Christopher Uckermann nú caído no chão bem a sua frente em um quarto de hotel. 

Ele por sua vez gostaria de nunca mais sair daquele banheiro, tirou a toalha do corpo e então percebeu que novamente não havia pegado suas roupas. 

- Que inferno! Dulce! - A chamou - Por favor, pegue as minhas roupas em cima da cama. Eu sou um completo desastrado!

A ruiva tentou segurar a gargalhada, mas foi impossível. Riu alto indo entregar as roupas de Christopher.

- Não ri, não é engraçado! - Colocou o braço para fora da porta do banheiro, puxou as roupas e bateu a porta. 

Era engraçado sim, era muito engraçado. E Dulce desejou ter mais momentos como esses nos longos dez dias que ficariam por ali.

Adorável Chefe.Onde histórias criam vida. Descubra agora