Capítulo 35

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- Desculpe não entendi o que a senhora quis dizer. - Falou Dulce.

Estava apreensiva, era óbvio que não iria discutir sobre desfile nenhum.

- Não me leve a mal Dulce, mas Christopher é um homem rico tem grande patrimônio uma família muito influente... Você era somente a secretária dele, isso nao soa estranho?

Dulce engoliu seco. Não acreditava que aquilo estava acontecendo, tanto problemas e aquela senhora estava a chamando de interesseira? Ah por favor!

- Não soa nada estranho para mim, eu e Christopher sabemos como nossa história começou e sabemos do sentimentos que temos um pelo outro. A maldade está nos olhos de quem vê!

Não ficaria quieta e não levaria desaforo para casa, não iria ate lá para ser humilhada.

Alexandra a fitou por um tempo, havia desdém em seus olhos. A questão é que tinha planos para Christopher e não envolviam Dulce. Gostaria que o filho casasse com uma mulher que ela indicasse como a Maya, tivesse uma família feliz e ela tivesse a sorte de conhecer os netos.

Sabia que era errado mandar no destino de outra pessoa, mas ela tinha tão pouco tempo e desejava tanto que as coisas na Terra ficassem do jeito que ela planejou. Dulce era uma pedra no seu caminho para esses ideais. 

Aquela pequena conversa foi o suficiente para estragar o jantar de Dulce, tudo o que fez depois disso foi em modo automático. Os sorrisos não foram verdadeiros e apenas concordava com as conversas discutidas na mesa. Alexandra não saia de sua cabeça, não suportava ser trata como uma impostora, alguém que quer dar um golpe. 

Dulce sempre teve princípios, e era horrível que alguém duvidasse deles. Christopher percebeu que ela estava entranha mas Dulce tentou disfarçar e fingir que não era nada, se contasse a ele ai sim a mulher não sairia do seu pé.

***

Na manhã seguinte Christopher e Christian foram ao aeroporto esperar a chegada de Pierre e Louis seus novos parceiros franceses. Estavam ansiosos por aquele momento, teriam  muitas reuniões alguns encontros fora da empresa e finalmente o fechamento da parceria. 

As dez e cinquenta da manhã o avião em que estavam pousou no aeroporto e em poucos minutos Pierre e Louis apareceram no saguão carregando suas malas. Christopher acenou para eles indo ao seu encontro. 

- Qual dos dois quis te dar um beijinho? - Perguntou Christian zombeteiro. 

- Por favor, não me lembre disso. - Aquela noite foi uma verdadeira loucura e também a primeira noite em que beijou Dulce. 

- Não foi tão ruim, deu um empurrãozinho entre voce e Dulce.

- Mesmo assim foi um caso a parte.

Finalmente estavam ao quatro frente a frente, os franceses tinham semblante cansados no rosto foram longas hora de voô. 

- Bonjour comment-allez vous? - Christopher os saudou com um abraço.

- Bonjour, eh bien et toi? - Respondeu Louis o abraçando. - Chega de francês, queremos mesmo aprender português! 

- Estão no lugar certo então, sou o Christian eu quem iria na viagem com o Christopher aquela vez porém tive ótimo imprevistos. Minha filha nasceu poucos dias antes. - Explicou Christian os comprimentos com aperto de mão. 

- Oh, que maravilha! Parabéns! - Parabenizou Pierre. - Tenho três filhos, todos já bem grandinhos. 

- Imagino que estão cansado, pensamos em leva-los até  hotel que ficaram hospedados e no fim da tarde nos encontramos para conhecerem a cidade. 

- Ótima ideia! Estou exausto. 

Christopher e Christian os ajudaram com as malas e guiaram até o carro estacionado do lado de fora, estava um dia bem quente e essa foi a primeira coisa que notaram de diferente estavam com roupas quentes e logo precisaram tirar os casacos. 

- E onde está Dulce? - Perguntou Louis, após um tempo no carro a caminho do hotel. 

- Ficou na empresa, precisava resolver algumas coisas. 

- Mas hoje a noite ela virá com a gente apresentar a cidade para vocês. 

O caminho até o hotel foi bem tranquilo, Christian fazendo algumas piadinhas e arrancando muita risada dos franceses enquanto os mesmos prestavam atenção em todo o caminham. Louis nunca tinha vindo ao Brasil e estava muito curioso para conhecer a noite brasileira.

Após deixar Louis e Pierre no hotel, Christopher deixou Christian na empresa e saiu para encontrar sua mãe em um restaurante. Teria quimioterapia no dia seguinte e ficava bem mal, por isso todos gostavam de agrada-la um dia antes para se sentir especial e saber que tem o apoio da família. 

O restaurante não ficava muito longe e logo que chegou Alexandra já estava sentada em uma das mesas o esperando.

-Oi mãe! - A cumprimentou com um beijo no rosto.

- Oi querido, veio sozinho?

- Sim, com quem eu viria? - Sentou-se a frente dela na mesa. 

- Com sua namorada nova, a Dulce. 

- Eu chamei mas ela não quis vir. 

- Melhor assim. - Alexandra desviou os olhos ao dizer estas palavras despertando o interesse de Christopher. 

Havia combinado aquele almoço pois queria falar alguma coisas a ele, dar-lhe alguns conselhos. Christopher era ligado a família e aos amigos e sempre os ouvia. 

- Não entendi o que quis dizer. 

Alexandra respirou fundo, bebeu um gole da agua que estava sobre a mesa e encarou o filho. A mulher tinha um semblante muito abatido, era só olhar para ela e saber que estava doente talvez isso enfatizasse ainda mais o que diria. 

- Sei que não devo me meter na sua vida Chris, você é adulto e independente. Mas não consigo ficar quieta, essa sua relação com essa menina. Ela é sua secretaria, é uma garota humilde nem sabemos quem é a família dela, de onde veio o que ela quer com você... O mundo é perigoso hoje em dia, e infelizmente nós somos alvos fáceis.

Christopher a encarava supresso, cada palavra fazendo sentido em sua cabeça e sendo um absurdo cada uma delas. Alexandra estava duvidando da índole de Dulce , estava duvidando dos sentimentos que demoraram tanto tempo para assumir. 

Essa era uma das razões que Christopher manter segredo sobre seus relacionamentos, sua mãe sempre se metia e tinha uma opinião contraria. E era tão desgastante. 

- A senhora enlouqueceu? Conheço a Dulce a anos mamãe, e mesmo que não conhecesse essa uma relação minha com ela, a senhora não tem nada a ver com isso. Pode ficar tranquila se ela quiser roubar algum dinheiro, que eu sei que ela não vai fazer, vai ser o meu e não o seu.

- Não quis ofender ela e nem você Ucker, mas temos que pensar sobre essas coisas, eu tenho pouco tempo de vida não quero você infeliz querido. 

Cada justificativa parecia ainda mais horrível, se ela queria cuidar dele não era isso que deveria fazer, desconfiar das pessoas que Christopher amava. 

- A senhora sabe que não da para levar dinheiro para o céu não é? Se não quer me ver infeliz deveria perguntar se há amor entre eu e ela sobre dinheiro. 




***

Fala sério mais desnecessária que Alexandra, só duas dela '-'

Adorável Chefe.Onde histórias criam vida. Descubra agora