Capítulo 11

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O beijo terminou da mesma forma que começou, de repente. Ambos se olharam sem saber o que falar, Christopher estava tonto e esse beijo o tinha deixado ainda mais.

- Desculpa Dulce, me desculpe. Por favor, não fique bravo comigo.

- Christopher...

Antes de Dulce completar a frase, Christopher saiu a passos rápido para a porta do quarto. A abriu e saiu quase correndo, deixando Dulce olhando a porta sem saber o que deveria fazer.

Poderia correr atras dele, mas estava tão confusa com esse beijo que não tinha forças para sair correndo. Apenas levou as mãos aos lábios e sorriu. Queria de novo um beijo como aquele.

Christopher chegou a seu quarto ofegante, cansado e perdido. Não queria perder a amizade de Dulce, mas previsava saber o gosto dos lábios dela.

Sentou-se na poltrona que havia no quarto e respirou fundo. Poderia voltar lá e beija-la novamente, mas não tinha a menor ideia se Dulce havia gostado. Estava mesmo bêbado e confuso, porque não porguntou ao invés de sair correndo?

Aquele beijo continuou os atormentando a noite toda. Foi uma sensação nova, e uma coisa até o momento inimaginável. Dulce não pensou que Christopher poderia ter o mínimo de interesse que fosse por ela, enquanto ele não pensou que gostaria tanto de beija-la de novo.

O dia seguinte amanheceu chovendo, Dulce sentiu preguiça de levantar, mas tinham coisas a fazer. Arrumou-se e desceu para tomar café, quando estava aguardando o elevador Christopher apareceu ao seu lado.

- Bom dia. - A voz de Christopher estava rouca, seus cabelos não estavam penteados e o seu rosto estava amassado.

- Oi, você está bem?

- Dormi mal, Dulce desculpa por ontem de verdade. É tudo culpa do Louis, aquele cara é louco. Sério, fui idiota com você. Não vai se repetir, prometo.

Não eram essas palavras que ela gostaria de ouvir, e não pode evitar a decepção. Ele estava bêbado mesmo e foi apenas um momento longe da lucidez.

Não deveria se iludir, ele sempre seria Christopher Uckermann seu chefe e ela Dulce Maria sua assistente. Mas a frustração permanecia no rosto de Dulce.

- Claro, você esta coberto de razão. Foi um momento a parte, vamos esquecer. Podemos tomar café? - Mudou de assunto.

Desceram para o café em silêncio. Apesar de disserem que o acontecimento não os abalaria, estava evidente que estavam sim abalados. Christopher estava com vergonha e Dulce estava chateada.

Teriam a parte da manhã livre e Dulce decidiu fazer turismo novamente. Saiu pelas ruas, conseguiu em táxi que falasse inglês e foi mais fácil de se comunicar.

Visitou museus famosos, praças conhecidas e almoçou em um dos shoppings da cidade.

Um pouco após o almoço voltou para o hotel, e foi junto de Christopher para mais uma reunião. Os dois discutiram sobre os passos da última semana na cidade e o que ainda faltava fazer. O negócio estava quase fechado e a última reunião seria na sexta.

Quando terminaram já era quase sete da noite, Dulce estava cansada precisava de um banho e com certeza ira dormir.

Christopher ainda estava incomodado com a relação dos dois, e não queria que passassem o resto da viagem nesse clima.

- Dulce, desculpa de novo não quero perder essa intimidade que ganhamos nesses dias. Fui um completo babaca.

Ela não podia dizer a ele que gostou desse lado babaca, e que gostaria que ele fosse babaca bem agora.

Adorável Chefe.Onde histórias criam vida. Descubra agora