Theo fica falando na minha cabeça, para não fazer isso e não fazer aquilo, eu no entanto, finjo que estou ouvindo, pois estou mudando de música toda hora.
-Chegamos, se lembre, estamos na cena de um crime, tem vários policiais. -Diz e eu o olho.
-Sei, sei, bem Supernatural ou as séries que você costuma assistir. -Reviro os olhos e ele segura meu rosto.
-É sério, não pode tocar em nada, absolutamente nada. -Diz e eu dou um sorriso.
-Adoro quando é mandão, mas eu sei meu amor, só quero encontrar esse desgraçado. -Digo e ele me beija.
-Te amo, iremos conseguir o achar. -Promete e eu ganho um beijo na testa.
Saímos do carro e Theo me espera, entrelaça nossos dedos e me guia para onde os detetives estão, passamos pelas faixas amarelas e entramos pela porta, Theo me olha e eu suspiro apertando sua mão, descemos pelas escadas seguindo para o porão, tampo a boca e o nariz quando chegamos perto dos corpos que ainda não foram levados.
-Porque todos tem freezer no porão? -Pergunto olhando e ele dá de ombros. -Onde acharam a garota?
-Ao lado do corpo do marido. -Diz olhando para o chão e eu a vejo. -Vou falar com os detetives, não toque em nada.
-Sim, papai. -Reviro os olhos e ele nem sorri, ok, o delegado Theo está em ação.
Suspiro olhando em volta, deve ter alguma pista, alguma digital ou cabelo, ando pelo porão vendo que Theo está concentrado olhando o cara morto. Olho para o freezer, ele está bem suspeito, vejo um fio de cabelo quando me abaixo, corro para perto de Louis e pego de sua mão um saquinho, pinça e uma lanterna com luz negra.
-Ei! -Ele reclama chamando a atenção de Theo, volto para o freezer com os olhares em mim, pego o cabelo colocando no saquinho e então acendo a lanterna, olho para um policial que está perto do interruptor de luz e ele apaga, então ilumino vendo digitais. -Colhe as digitais. -Diz e eu levanto a mão quando voltam a acender a luz. Pego as luvas e levanto a tampa encontrando uma garota, está inconsciente.
-Chama os médicos! -Grito e correm para fazer isso, antes que eu processe os médicos entram e me afastam, Theo segura minha cintura e eu vejo a menina sendo tirada do freezer. -Vamos ao hospital? -Pergunto o abraçando.
-Vamos, antes temos que interrogar alguns vizinhos. -Diz e eu concordo, ele segura meu rosto. -Me espera no carro? Tentarei ser rápido.
-Tá, só quero estar no hospital quando ela acordar. -Digo e ele sorri beijando minha testa.
Fico sentada na cadeira em um corredor enorme e sombrio, se passa das três da manhã e eu respiro fundo vendo os detetives e Theo vindo da praça de alimentação com meu salgado e meu suco.
-Notícias? -Ele me pergunta e vejo o olhar de Steve nele.
-Não, ainda está inconsciente. -O olho e ele se agacha em minha frente. -E você? -Coloca o prato na cadeira ao lado e me entrega o suco que tomo.
-Nada, estamos esperando notícias do laboratório e da perícia. -Suspira se apoiando em minhas pernas. -Como não ficamos sabendo que eles tinham uma filha?
-Não é a filha, é a sobrinha. -Diz Steve olhando um tablet, Theo a olha. -Os pais da garota morreram e eles ganharam a guarda.
-Com quem ela vai ficar? -Pergunto acariciando a nuca de Theo.
-Temos que saber primeiro se ela tem mais parentes, se não tiver irá para a assistente social e eles irão resolver.
-Sabe quanto tempo terá que ficar aqui? -Pergunto e ele me olha.
-Temos que ver com o médico, ela precisa responder primeiro, mas não está fazendo nada. -Diz e eu suspiro me inclinando e apoiando meus cotovelos nas pernas, Theo acaricia meus cabelos enquanto fico de cabeça baixa e de olhos fechados. -Vai dar tudo certo.
-Eu espero. -Respondo o olhando e ele sorri beijando minha testa e se levantando para conversar com os detetives.
Acordo quando ouço vozes, estou com a jaqueta de Theo nas pernas por estar de vestido, me levanto do sofá da sala de espera e vejo ele com os detetives, Louis está dormindo em outro sofá.
-Bom dia delegado. -O médico chega e já está de dia? -Ela acordou e está desesperada, tentamos acalma-la, mas só pede para ver a tia dela.
-Me diga que não deu sedativos a ela. -Pede e ele nega. -Ok, Nay você pode tentar acalma-la?
-Posso, quero vê-la. -Digo me levantando e colocando a jaqueta sentindo o calor me aquecer.
-Estarei do lado de fora. -Theo diz e eu concordo lhe dando um beijo e seguindo o médico que me leva para o corredor e depois para a porta a direita, quarto numero 45.
-Posso entrar? -Pergunto depois de bater e colocar a cabeça para dentro, ela me olha. -Oi princesa.
-Onde está minha tia? -Pergunta manhosa e eu dou um sorriso.
-Podemos conversar primeiro? -Pergunto e ela assente, me sento na poltrona ao seu lado. -Sou Nayla.
-Kristen. -Diz e eu pergunto sua idade. -Dez.
-É um nome bem bonito, posso fazer algumas perguntas? -Ela concorda. -Ok, primeiro você está com fome, sede?
-Os dois... -Diz e eu me levanto abrindo a porta.
-Amor, ela quer alguma coisa para comer e beber. -Ele me olha e Steve me encara.
-Irei pegar. -Diz e ele sorri a vendo se afastar.
-Quer que eu faça quais perguntas? -Pergunto e ele me olha.
-Pergunta sobre a família, se ela viu alguma coisa. -Diz e eu concordo, quando vou entrar ele segura minha mão me fazendo o olhar. -Eu te amo.
-Te amo mais. -Dou um sorriso por isso e entro a olhando. -Irão trazer alguma coisa, vamos nos conhecer?
-Primeiro você. -Diz se sentando e eu praticamente me deito na poltrona.
-Ok, sou garçonete, trabalho a um bom tempo em uma lanchonete no centro da cidade, moro sozinha e tenho um cachorro chamado Nikolay, tenho um irmão que mora no Canadá chamado James e... a pouco tempo eu perdi minha melhor amiga Dani...
-Quem é o cara na porta? -Olha e eu vejo Theo de costas.
-O delegado e bom... meu namorado. -Dou um sorriso e ela retribui. -Sua vez, quem são os seus familiares?
-Eu sei que meus tios morreram. -Diz e eu a olho assustada. -Foi o homem mal.
Inteligente...
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O meu vizinho
Storie d'amoreEla, apenas uma garçonete Ele, o novo delegado que está atrás do chefe dos crimes. Ela, sofre Ele, a salva Ela, fica com trauma Ele, promete a proteger de tudo e de todos Ela, se apaixona. Vidas totalmente diferentes que nunca deveriam ter se cruzad...