Capítulo dezesseis-Escrever-pra quê? Como e para quem?

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Agora em 2019 penso em todos os capítulos que escrevi que ninguém vai ler , e sinto a obrigação de terminar o que comecei, sento em frente ao computador e começo a revisar todo esse texto, lembro de outros detalhes, tento montar esse quebra-cabeça, sinto que talvez não tenha informação suficiente para um livro, penso em entrevistar algumas pessoas para conseguir algumas informações talvez mais corretas. Mas o que pode ser mais correto que meu profundo amor e que uma amizade sincera?

Já fazem dez anos que minha amiga se foi, perdas fazem parte da vida, e não amigo leitor, não fica mais fácil lidar com as perdas da vida, é decepcionante continuar lidando com essas questões, mas tudo tem um lado bom,as vezes precisamos de certa distância para enxergar, essa distância por vezes é física por vezes é o tempo que nos distancia daquela situação até que enxergamos o quadro completo de tudo. Perder alguém que estimamos nunca vai ser belo ou tarefa fácil, mas isso nos ensina a lidar com os vivos, a lidar com nossa vida, nos dá um lembrete constante de que somos frágeis,por dentro e por fora, e que só uma força maior e inexplicável pode nos ajudar. A todo momento durante esse mês ,maio de 2019, eu recebo um carinho que não era pra mim mas para minha amiga, pessoas que a conheceram, vizinhos, escanchanetos, irmãos na fé, pessoas que confirmam o poder da bondade e do amor de uma senhorinha simpática, talentosa e autêntica, esse livro não tinha a intenção de exaltar um ser humano que esteve aqui,(e que voltará amigo)nem tampouco, de ser uma rasgação de seda barata, mas sim, de mostrar que o amor verdadeiro e puro existe, sim é possível uma amizade inimaginável entre um garotinho negro, pobre, muito esperto e inteligente(não que eu tenha continuado sendo) com uma pessoa ,dezenas de anos mais velha, sábia, lúcida amável,branca(Isso importa?) por que em nenhum momento julgamos um ao outro, estávamos lá, um para o outro, aprendemos tanto, um com o outro,e talvez essa minha memória não mereça ser só minha, apesar de ser tão incrivelmente pessoal. Pessoas que não a conheceram pessoalmente, talvez tenham a possibilidade de conhecê-la um pouco, talvez alguém da família dela apareça, ou seus netos frutos de seu filho com o qual perdeu contato.Por isso tive esse sonho louco, essa pretensão de lançar esse livro, obrigado querido leitor, por conhecer essa história, valorize as pessoas que estão com você e lembre que a vida é imprevisível, mas isso não deve nos dar medo, porém, coragem!

Se você não me conhece,muito prazer eu me chamo João Paulo e Quitéria Cardeal e eu, tivemos uma amizade inesperada e maravilhosa, mal posso esperar para retomar essa amizade de onde paramos e pegar 'nosso barquinho e sair mundo afora.'

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