Aquele havia sido o ultimato de Kushina, Naruto tinha noção daquilo. Entendia por completo à reação da matriarca ao dizer que não queria um dia chegar à receber à notícia de que seu filho havia sido morto em uma briga de rua. E era por isso, apenas...
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Kushina sabia muito bem que Naruto seria dor de cabeça constante quando viu seu rosto pela primeira vez, os olhos azuis transmitiam isso: Problema!
E como toda mãe tinha seu instinto, ela tinha o dela, mas ela não imaginava que a rebeldia de seu filho chegaria à aquele ponto.
Tinha noção que o lugar na qual eles viviam podia ter uma certa influência sobre o menor, mas jamais havia sequer passado por sua cabeça, que ele se deixaria influenciar tão fácil.
E quando recebeu aquela ligação dando à notícia do que havia acontecido, sentia que seu coração fosse parar naquele instante, mas não parou. Coração de mãe é resistente à tudo, era isso que sua tia dizia, e bom, aquilo havia acabado de ser comprovado.
Se viu sem saída, quando a possibilidade de seu filho ser tirado de si começou à ser cogitada, a ficha enfim caiu e percebeu que poderia nunca mais vê-lo.
Resolveu que seria ali que iria recorrer à uma pessoa que jamais achou que chegaria cogitar à pedir ajuda novamente. Mas seu orgulho estava sendo esmagado com força, porque aceitava qualquer coisa, menos perder à única razão de seu viver.
Às orbes azuladas percorriam por cada canto do ambiente, pairavam sobre à mancha no carpete para em seguida ir para o teto e ver a infiltração que se instalava ali.
Engoliu seco enrolando o dedo no fio do telefone, chamava e chamava, a espera só aumentava ainda mais o sentimento de que estava sendo sentenciada à um destino cruel. Sentia que à qualquer momento seu coração pularia pela boca, pensou até em desistir daquela idéia, mas qualquer pensamento desapareceu quando ouviu o som do outro lado da linha.
- Alô? - A voz soou em meio à um suspiro do outro lado da linha. Seu estômago torceu.
- Hã... eu poderia falar com Namikaze Minato? - Disse por fim após uma longa pausa, buscando por coragem.
- É ele. - Respondeu à voz rouca do outro lado, impaciente. - Quem gostaria?
- Minato, sou eu, Kushina. - Pousou os olhos sobre os próprios pés descalços no carpete.
- Na verdade não. E sim, aconteceu algo. - Respondeu, esperando que a força que tanto precisava, aparecesse.
- O que houve? - À voz soou desperta e curiosa.
- Hãn... O Naruto...- Esfregou os dedos dos pés constrangida, mesmo que não pudesse ser vista, sentia-se envergonhada por colocar Minato no meio dessa história, sabendo às consequências disso.
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Ao atravessar à porta giratória, Naruto sabia que à situação não estava boa para o seu lado, Kushina o esperava do lado de fora da delegacia, dentro da picape de tom amarelado.
