A Roseira Maligna [ The Rose Malignant ]

A Roseira Maligna - Renatto Sarttori

 OI GALERA!
DESEJO UMA ÓTIMA LEITURA A TODOS.
AGORA FIQUEM COM MEU CONTO...

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  Era uma cansativa madrugada de terça-feira. A brisa fria entrava pela janela do meu laboratório me causando leves arrepios de tempos em tempos.

 Seria aquilo um bom presságio?

 Eu estava produzindo uma substância inovadora, ela era capaz de acelerar o crescimento de qualquer planta e lhes dar força, imunidade e tudo mais que um vegetal precisa para produzir bons frutos e ser resistentes.

 Graças às atitudes humanas dos últimos dois séculos - isso porque estamos em 2219 - a Terra entrou em colapso, e as plantas não tinham a resistência necessária para aguentar o calor, a falta de água, a poluição do ar e as pragas das lavouras.

 Eu sinto que vou conseguir.

 Para fazer meu experimento peguei uma roseira, quase morta - eu tinha muitas, mas se foram, precisei escolher entre vê-las morrer de sede ou eu, eu escolhi elas, mas na intenção de salvar o resto da humanidade - e coloquei no chão, logo abaixo da janela.

  Era sem dúvida um dia - noite - bem importante. A anos faço experiências mal sucedidas, mas a fórmula daquela vez estava extremamente bem feita.

 Não conteve a empolgação para o primeiro teste, dei uma borrifada leve e de longe. Nada aconteceu. Dei mais uma e novamente nada - o resultado deveria ser imediato como uma bomba sobre um solo seco, mas em vez de subir poeira deveria subir vida. Nessa hora senti o peso do fracasso e joguei o frasco na parede derramando todo o conteúdo na parede e sobre a planta.

 Busquei conforto no gargalo de uma bebida que desceu queimando, fiquei pensando no que ia beber no outro dia, mas já não importava depois de mais uma frustração.

 Adormeci ali no chão mesmo.

 Pela manhã, ainda frustrada, me sentei ao pé da cama e só pensava em pegar a planta para descartá-la, mas levei o maior susto da minha vida ao focar minha vista no vaso.

 A planta estava linda, cheia de folhas bem verdes, e com uma rosa vermelha bem grande.

 — SUSSEÇOOOOOO! — eu gritei.

 Ajoelhei-me e engatinhei até ela, ainda em estado de choque, mesmo sem o vento, da manhã, dentro do meu quarto, ela se movia como uma serpente, e ao perceber isso parei.

 Ela começou a esticar um pequeno galho, que parecia uma molinha com vida, em minha direção.

 — Extraordinário! — sussurrei.

 Entendi que ela queria me sentir, se comunicar de alguma forma.

 Estiquei meu dedo indicador para ela, e aconteceu... nos tocamos.

 Senti o ar faltar e fiquei imóvel.

 Ela falou em minha mente, como um pensamento.

 — Eu sei que deveria agradecer-lhe por me dar a vida novamente... mas não seria tão hipócrita. Os humanos nos fizeram sofrer, e agora temos a chance de nos vingar... graças a sua inteligência.

 Eu tentei falar algo, mas não tinha forças, eu só conseguia ver a rosa girando, girando, e girando na frente dos meus olhos, me deixando sobre um efeito parecido ao da hipótese.

 Ela falou novamente.

 — Falta pouco... muito pouco... — ela gravou essa frase em minha mente.

 Enquanto isso, ela me enlaçava completamente com suas raízes e galhos.

Eu já não sentia mais nada quando eu tive a segunda pior visão da minha vida.

 A planta se ergueu, juntando raízes, galhos e folhas. Ela estava muito parecida comigo.

 — A metamorfose... — gritei em minha mente, mesmo sem saber o que significava.

  Estávamos ligadas!

 Ela deveria se modificar e se adaptar... mas não assumir formas. Ela era mais que uma planta, ela se tornou um monstro.

 Ela andou desengonçada, cambaleando, mas abriu a porta, nem olhou para trás, apenas me deixou lá, no chão, sem energia.

 Assim que ela saiu pude escutar o som de gritos, explosões, um aérocarro entrou pela parede do meu quarto, destruindo-na, e a última coisa que vi foi ela sugando o sangue das pessoas - era pouco o espaço, mas por uma fresta na parede, entre os escombros, pude vê-la também escalando os prédios com destreza e monstruosidade - tocando todo e qualquer resto de plantas, transformando-os em monstros Também...
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Obrigado:
Ana Eduarda

Autor: Renatto_Sarttori

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