Capítulo 4 - Ninho de caos

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  Muita luz, raios e mais raios de luz entravam pelos olhos quase fechados de Sarah, estava sendo arrastada pelos homens que virá antes de desmaiar. Era um lugar limpo, cheirava bem, parecia um hospital ou algum laboratório, ela nunca saberia dizer o que estava vendo com os olhos serrados de cansaço e dor.

  -Bem vinda ao Ninho - disse um dos homens que a carregavam- Você será tratada bem aqui, apenas não faça nada que comprometa a corporação.

  E a colocaram em um quarto, parecia uma prisão, cama simples e uma mesa para colocar no maximo um caderno, sem forças, a garota deitou na cama dura e desmaiou de sono.

  Paz, paz era o que ela estava sentindo aquele momento, sem se preocupar com ataques de criaturas erraticas ou com falta de comida.

  Depois de muito descanso, Lincon acordou e olhou melhor cada canto naquele local, todos que ali estavam vestiam  a mesma roupa, porém de cores diferentes, uma cartola, sobretudo, calça social e uma máscara de corvo, ou estavam de branco ou preto. Saiu de seu quarto e foi ao que parecia ser uma recepção, uma mulher usando a mesma roupa que todos a perguntou:

-Precisa de informação senhorita Lincon?

  Sem muita pressa, respondeu

-Na verdade, preciso moça, onde estou e quem são os responsáveis por tudo isso?
-Você está na Corporação Ninho, um santuário para todos os corvos e sobreviventes dessa tragédia que nos aflinge, os encarregados são...

  Duas vozes masculinas fortes a interromperam

-Victor e Leonardo são os nomes cara jovem.

  A mulher se prostrou e saudou os dois homens,  logo em seguida se retirou, deixando Sarah e eles às sós. Vestiam o mesmo que todos ali, mas algo os diferenciava, um ar de imponência pairava sobre eles, como se eles conseguissem atacar qualquer coisa e ainda sairem bocejando.

  Depois de muita conversa entre os três, um estrondo seguido de um rugido encheu todo o local, uma sirene vermelha começou a tocar, tudo em um piscar de olhos estava vermelho, alertando que um intruso havia entrado a força.

-NINHO COMPROMETIDO, TODOS AOS SEUS POSTOS, CODIGO X, REPITO, CODIGO X-

  E então a energia caiu, e um silêncio tomou a corporação, todos ali estavam armados e parados, prontos para qualquer ataque, ou deveriam estar. Por um momento podia se ouvir uma boca mastigar ao longe, Sarah, sem sua pistola, serrou seu punho e ficou atrás de Victor e Leonardo que sacaram um revólver antigo e uma adaga.

  Na escuridão, um sorriso inocente manchado de sangue brilhou ao longe e uma voz infantil ecoou pelos corredores.

-Vamos... comer.

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