Era uma noite fria na cidade, casais aproveitavam para sair, grupos de amigos se reuniam nas baladas e fliperamas para se divertirem.
Mas não era assim para Sarah Lincon, que apesar de seus muitos amigos, sempre esteve sozinha.
Pegou o trem das 11 para chegar em casa, sem muita graça colocou o fone nos ouvidos e escutou qualquer coisa que a deixasse livre de sua mente. Tivera um dia cansativo na faculdade, havia brigado com seus amigos por um trabalho do qual a deixaram de lado, seu sonho de ser uma completa artista estava ficando mais opaco a cada dia que passava.
Seus pensamentos a levavam longe, quando um rapaz de aparência jovem sentou ao seu lado lendo um livro, ela não pode deixar de notar e perguntou:
-Qual é esse livro?
O rapaz olhou para ela e com um sorrisinho respondeu calmamente:
- Estrela em Colapso, é uma boa obra, uma delicia de se acompanhar
-Uau, até tive vontade de ler por um momento
-Qual seu nome moça?
-Sarah Lincon
E os dois riram e conversaram por o tempo que lhes foi dado aquele momento, até que o trem estava quase parando na estação que Sarah iria descer, então em uma "vibe" de despedida ela achará que nunca mais veria o jovem e que seria apenas uma amizade de rua, rápida e passageira, porém, ela se surpreendeu quando o garoto pediu seu número de celular.
Ao chegar em casa, sentiu um alívio enorme em suas pernas, estava nos seus 22 anos entretanto seu físico não era o dos melhores, depois que saiu da casa de seus pais e foi para um apartamento, sua vida era a mais tediosa possível. Tirou a roupa e foi direto ao banho, triste por algum motivo que nunca entenderemos, chorou e não conseguia separar suas lágrimas da água que escorria por seu corpo com leves curvas.
Desligou o chuveiro, secou-se e foi em direção ao quarto, assim que se trocou deitou na cama e esperou o sono vir, quando seu celular tocou, estranhou, mas se lembrou de que havia passado seu número ao garoto do trem e com um movimento rápido atendeu:
-Alô?
-Oi, hã, é a Sarah Lincon?
-Sim, sou eu
-Ah que bom! Sou o garoto do trem lembra?
-E como esquecer? Foi uma conversa muito boa mesmo, qual seu nome afinal?
- Tobias, meio engraçado não?
-Realmente é engraçado.
E os dois riram e conversaram mais um pouco quando algo começou a acontecer:
-Então Sar...
-Alo? Tobias?
-Eu... Sarah!
-Alo?! Tobias o que está acontecendo ai?!
-Me... Aju.. Sar.!
E a ligação foi interrompida com um grito do rapaz, Sarah estava aflita, tentou ligar de volta, de novo, de novo e de novo. Então saiu correndo para a delegacia no meio da noite, explicou ao o policial que estava de plantão na hora, ele pediu para que ela esperasse ali.
Colocou os fones para tentar ficar menos nervosa, esperou por muito tempo até que ficou impaciente e foi ver o que estava havendo ali. Pulou a bancada onde o atendimento era feito e andou pelos corredores a procura de alguém, e para seu azar, encontrou.
Havia corpos espalhados pela sala, sangue e mais sangue, inclusive o policial que haverá atendido ela, quanto mais olhava, pior ficava, vísceras e morte era tudo que havia ali.
Em um puro momento de choque e adrenalina, saiu correndo e acabou tropeçando em um corpo, ao olhar para cima, viu uma criatura errática, de proporções erradas.
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Transição de Mundos
General FictionUm cientista. Uma aberração mutante. Uma heroína aleatória. Sarah Lincon é uma estudante qualquer que sonha em se formar, casar com algum bonitão e viver feliz. Mas seus planos foram frustados por uma entidade que deseja viver livremente a qual...