Minha vó teve que viajar as pressas para Nova York. Tem quatro dias que não vejo meu amor. Estou mais aflito do nunca e a frase de Josh se repete diversas vezes na minha mente. Eu a amo de uma maneira que nunca achei que fosse possível amar.
É tudo tão novo, tão estranho. Me sinto completamente diferente de alguns dias, parece que o que tenho com Sum existe a anos, quando tem apenas meses.
Meu pedacinho de sol não me ligou hoje durante todo o dia. Estamos vivendo os dias mais frios do inverno, as pessoas são aconselhadas a não sair de casa. Temperaturas que chegam a vinte graus negativos.
Acendo a lareira para aquecer a casa vazia e quem sabe levar um pouquinho de calor ao meu coração que sofre sentindo o frio da distância que estou do meu pedacinho de sol. Me deito em frente a lareira pensando se devo ou não mantê-la acesa por toda noite.
O aquecedor não tem sido suficiente para aquecer a casa. Por isso decido deixar a lareira acessa para alimentar algum calor dentro de casa. Coloco a banheira para encher e coloco no microondas uma lasanha de frango, comida congelada é a única refeição decente que tenho feito.
São vinte minutos até a lasanha estar pronta e vinte minutos que terei para o meu banho. Alguém bate na porta antes que coloque o pé na escada. Vou até a porta deixando o trinco preso antes de abrir.
Minha pequena está com uma mochila nas costas, tremendo de frio, ela tem pedacinhos de gelo no rosto vermelho. Abro a porta rápido, não quero que ela adoeça.
_O que está fazendo aqui!? Está fazendo vinte e dois graus negativos lá fora! - abraço ela e beijo antes que responda - estava com saudades.
_Josh tomou meu celular, nossos pais estão presos em algum aeroporto em Nova York, e tem um alerta de tempestade, parece que vai chegar a menos trinta. - ela dá de ombros. - eu não aguentava mais de saudades.
_Tambem senti sua falta princesa. - sorrio. - Vamos ligar para seus pais e dizer que está aqui.
Tentamos ligar diversas vezes e por fim deixamos mensagem tanto no celular da mãe quanto do pai, além de enviar e-mails também. Ligamos a televisão para assistir algum filme. Um alerta de tempestade forte que segundo o noticiário vai demorar três dias é motivo de tentarmos ligar novamente.
Paul atende o telefone e diz para ficarmos em casa e não nos preocuparmos, está muito frio e perigoso do lado de fora. "Cuide bem da minha filha!" é a sua última frase antes de se despedir.
Seriam três dias maravilhosos! Obrigada por isso mãe natureza.
Meus dias resumiram a dormir com ela acordar com o cheiro dos seus cabelos. Fazer nosso café juntos e ela vestida com alguma camisa minha. Sexo pela manhã, fazer nosso almoço. Ver alguma programação na TV. Summer arrumava a casa quase todas as tardes, eu sei que deveria aproveitar esse tempo para me exercitar no sótão. Mas tudo que conseguia pensar era em ter o corpo dela mais uma vez. Por isso acabavamos transando em alguma parte da casa antes do anoitecer.
Ela dormiu todos os dias nos meus braços, ao meu lado e eu não me importaria em ter isso pelo resto da minha vida. Eu amo a Summer de uma forma que não sei explicar, o sentimento não mudou, ele vem crescendo no meu peito de uma forma que não tenho como fugir, mesmo se quisesse.
No fim da tarde do quinto dia, eu sei, deveriam ser só três, no fim foram cinco, eu levei ela em casa. Batemos na porta com um sorriso bobo um para outro.
_Foram os cinco dias mais felizes da minha vida. - beijo os lábios dela feliz. Um sorriso acompanhado de olhos brilhantes é minha resposta.
Antes de nos separamos, alguém abre a porta. Me separo de Sum ainda sorrindo. Josh está parado na porta, ele me fuzila com os olhos, sei que quer arrancar a minha cabeça e eu deixaria, morreria feliz. Meu sorriso morre aos poucos nos lábios.
_Eu trouxe a Sum, disse ao seu pai que a traria hoje... O tempo melhorou e... Bom é isso.
_Da licença Josh. - Summer pede o irmão que abre espaço para que ela passe. Antes ela me dá um beijo rápido. - Amo você grandão.
Como não sorrir com uma declaração dessas?
_Você é um traidor de merda! Pode ter enganado meus pais, não a mim. Sei que vai fazer alguma besteira logo e eu estarei aqui para lembrá-lo do grande merda que é. - o cara que um dia chamei de melhor amigo fala cheio de ódio.
_Eu amo sua irmã. Sinto muito cara, eu a amo de verdade. - digo antes de me virar.
_Você está trepando com ela, aposto que transam como animais... Chama isso de amor? - eu sei que ele quer me irritar, sei que está buscando alguma coisa para usar contra mim.
_Boa noite Josh. - é minha última frase antes de realmente me afastar.
Essa situação é uma grande merda, mas porra! Não quero abrir mão da Sum e não vou fazer isso.
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Que tal o capítulo de hoje?
Muito meloso?
Espero que estejam gostando.
Muito obrigada a todosBeijos da Luci
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Sorry?
RomanceFazemos muitas besteiras durante a vida, erramos muito e acertamos também. Algumas pessoas entram outras saem de nossas vidas, poucas permanecem. Josh Sulivan era meu amigo desde o jardim de infância. Eu vi sua irmãzinha nascer, a menina cresceu em...