XII

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Para Érico Verissimo

O dia abriu seu guarda-sol bordado
De nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
Mi - nu - ci - o - sa - men - te desenhado

Depois surgiu, no céu azul arqueado,
A Lua-a Lua! - em pleno meio dia.
Na rua, um menino que seguia
Parou, ficou a olhá-la admirado...

Pus meus sapatos na janela alta,
Sobre o rebordo... Céu é o que lhes falta
Pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
Que são dois velhos barcos, encalhados
Sobre a margem tranquila de um açude...

A rua dos cataventos (Mario Quintana) Onde histórias criam vida. Descubra agora