XXIV

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Para Lino de Melo e Silva

A ciranda rodava no meio do mundo,
No meio do mundo a ciranda rodava.
E quando a ciranda parava um segundo,
Um grilo, sozinho no mundo, cantava...

Dali a três quadras o mundo acabava.
Dali a três quadras, num valo profundo...
Bem junto com a rua o mundo acabava.
Rodava a ciranda no meio do mundo...

E Nosso Senhor era ali que morava,
Por trás das estrelas, cuidando o seu mundo...
E quando a ciranda por fim terminava

E o silêncio, em tudo, era mais profundo,
Nosso Senhor esperava... esperava...
Confiando as suas barbas de Pedro Segundo.

A rua dos cataventos (Mario Quintana) Onde histórias criam vida. Descubra agora