Para Moysés Vellinho
Minha morte nasceu quando eu nasci.
Despertou, balbuciou, cresceu comigo...
E dançamos de roda ao luar amigo
Na pequenina rua em que vivi.Já não tem nais aquele jeito antigo
De rir e que, ai de mim, também perdi!
Mas ainda agora a estou sentindo aqui,
Grave e boa, a escutar o que lhe digo:Tu és a minha doce prometida,
Nem sei quando serão as nossas bodas,
Se hoje mesmo... Ou no fim de longa vida...E as horas lá se vão, loucas ou tristes...
Mas é tão bom, em meio às horas todas,
Pensar em ti... Saber que tu existe!