XV

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Sobre a coberta o lúvido marfim
Dos meus dedos compridos, amarelos...
Fora um realejo toca para mim
Valsas antigas, velos ritornelos.

E esquecido que vou morrer enfim,
Eu me distraio a construir castelos...
Tão altos sempre... cada vez mais belos!...
Nem D. Quixote teve morte assim...

Mas que ouço? Quem será que está chorando?
Se soubésseis o quanto isso me enfada!
E eu fico a olhar o céu pela janela...

Minh'alma louca há de sair cantando
Naquela nuvem que lá está parada
E mais parece um lindo barco a vela!...



A rua dos cataventos (Mario Quintana) Onde histórias criam vida. Descubra agora